Após, de certa forma reclamar com o Pai pelo motivo de me sentir sozinho até agora devido a missão que Ele colocou em minha mente, tenho acesso a um dos livros que tenho há mais de um ano e que havia parado a leitura desde o início. É “O Evangelho Secreto da Virgem Maria”, escrito pelo sacerdote católico Santiago Martin, fundador de uma associação católica “Os Franciscanos de Maria”, dedicada ao trabalho voluntário e gratuito com todo tipo de excluído. Entendi que o Pai deu um jeito de me colocar nas mãos esse livro para que eu lesse uma mensagem para mim, quanto as minha queixas de procurar cumprir Sua missão e até agora sozinho, sem ninguém conseguir sintonizar com a prática do amor inclusivo, característica do amor incondicional. Vejamos o que Ele me diz, numa transposição que fiz da fala de Maria e José, quando eles se encontram pela primeira vez depois que ele descobre que ela está grávida. Coloco na condição de Deus falando para mim, aproveitando a fala de Maria para José, quanto o evento da gravidez, motivo de desconfiança para todos.
“Ela nunca pode duvidar de ti. Se te ofende, embora sem querer, pode ter como desculpa o fato de que não o conheces ainda profundamente. Ela deve passar a reconhecer que deve acreditar no impossível, no comportamento que todos acham impraticável. Ela deve reconhecer que tu mereces que se aceite que os burros voem antes de duvidar de tua honra, da verdade que tu mostra. Quando a dúvida sobre ti acontecer, que ela reconheça que no fundo se comportou como uma mulher despeitada, e como alguém sem fé, por não imaginar que Deus estaria por trás de tudo que lhe desperta desconfiança, ciúme, ira. Reconhecer que quando resolve repudiar os atos que são praticados, mesmo em segredo, não fez mais do que se mostrar tonta. Algo dentro dela deve gritar que é uma imbecil por não te aceitar do jeito que és, pois é assim que se tornas o que de mais precioso deveria apresentar para o mundo, e compreender que me rejeitando estaria se condenando a uma pena de sofrimentos mais negros. Reconhecer que o mundo ensinou uma coisa diferente da vontade de Deus, para atender os interesses egoístas com o nome de família nuclear, do amor exclusivo para determinadas pessoas. Ela deve ser uma pessoa de fé, para reconhecer, quando cometer um erro, quando mostra sua debilidade no choro e na revolta, que saiba pedir perdão, e também perdoar. Que reconheça a minha honestidade sem a intervenção de outras pessoas ou mesmo dos anjos, corrigindo a forma maldosa de pensar, antes que algo mais forte eu tenha que usar, por ela ter pensado em algum momento em te rejeitar, como aconteceu com outras.”
Também recebi uma fala que entendi que deverei usar para todas que se candidatarem para ser a minha companheira. Existe aquela com a qual tenho a convivência, mas que o amor inclusivo permite que possa existir uma rede de afetos, baseados na moral e na ética do amor incondicional.
“Te quero muito, serei teu companheiro por vontade própria. Mas entre nós algumas coisas serão diferentes do que ocorre em outros relacionamentos. O nosso amor deve ter a característica da inclusividade, tanto eu quanto você podemos integrar outra pessoa afetivamente, que pode evoluir até a intimidade sexual, desde que não haja nenhum impedimento ético frente ao amor incondicional. Quero que saibas enquanto está em tempo de dissolver tudo. Esta é uma decisão que tenho tomado antes de te conhecer e que venho aplicando a todas que se candidatam a ser minhas companheiras. É importante que eu te explique isso, pois não é justo eu te exigir algo sem saber do que se trata. Eu sou inteiro de Deus, sou um instrumento da Sua vontade, e nenhum tipo de sentimento na Terra, de pai, mãe, filho, esposa, etc. pode desviar da missão que Ele colocou em minha consciência. A ideia de conviver contigo, de ser minha companheira, é boa para mim. Mas já estou consagrado ao Senhor e isso pode não lhe convier. Sei que é difícil de aceitar isso, pois vivemos numa sociedade egoísta, porém tu e eu somos crentes de Deus como Pai e Senhor, e sabemos muito bem qual é o primeiro mandamento que devemos observar e cumprir. Quando a duvidares de mim, a verdade é que gostaria muito que não houvesse a intervenção de ninguém, nem mesmo dos anjos, para corrigir teus pensamentos. Em definitivo, o que conta é que tu e eu precisamos entender que temos uma grande missão a cumprir.”
Assim compreendi, e assim fiquei satisfeito com o Pai.