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23/11/2020 21h02
CIRCULO DO MAL DE HITLER (22) – SURGE A SS

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

XXII

            Sem uma voz forte na capital, os nazistas nunca chegarão ao poder. Goebbels é enviado para Berlim, que é importante para os nazistas por vários motivos. É a capital da Alemanha, seu centro administrativo, o maior centro populacional, centro de publicação e mídia, é a sede do governo e um bastão da esquerda. Com poucas centenas de membros, o partido nazista quase não tem representação em Berlim. Os que estão lá, são mal liderados e sofrem disputas políticas internas. Para virar um partido nacional, um partido do governo, precisavam ter força na capital.

            Ao chegar lá, Goebbels se põe a estimular o disfuncional escritório regional. Goebbels intuitivamente compreendia os modernos métodos de propaganda. Ele transformava funeral, casamento ou comício em evento do Partido Nazista. Ele colocava caminhões nas ruas distribuindo panfletos. Pendurava cartazes vermelhos. Ele criou um jornal agitador cujo título, Der Angriff, “O Ataque”, já diz tudo sobre a agressão e violência nazista. Mas Goebbels sabe que sua arma mais poderosa é o discurso público. Ele se utilizava bastante de sarcasmo e desprezo quanto aos adversários e inimigos. E era ótimo lidando com provocadores.

            Goebbels também revela um lado implacável. Na Berlim dominada pelo comunismo, Goebbels une seus impecáveis discursos com brutalidade tradicional. Goebbels não era uma típica figura masculina. Dá para perceber que ele tenta compensar isso com amor pela violência.

            Embora os nazistas prometam agir legalmente, eles sempre vão forçar. Então Goebbels estimula a violência nas ruas contra os comunistas. Ele organiza pancadarias. Organiza brigas de rua. Narizes quebrados, janelas, garrafas e cadeiras quebradas. Essa é a trilha sonora de Berlim com Goebbels.

            Com Goebbels, os valentões do partido, os camisas pardas da AS, derramam sangue regularmente para provocar os partidos adversários. A reputação dele passou a significar que se Goebbels fizesse um discurso, a noite seria bem agitada.

            Até 1926, dois anos após sair da prisão, Hess e seu amado líder Hitler fizeram pouco avanço político. E elementos mais gerais do partido ainda não seguem a nova visão. 

É hora de desmantelar facções rivais e recuperar o controle.

            Eles ficam preocupados de que quanto mais demorassem para conseguir os resultados desejados, mais difícil seria. Ele passa a se questionar. O partido está estruturado de forma a ser eficiente? Eles relançam o partido do jeito deles, já se preparando para o governo. Hitler lidera tendo o leal Hess como guardião e controlando compromissos. Ameaças à liderança são rapidamente contidas.

            Com os novos departamentos, surge uma nova força de proteção política. Para o aspirante a soldado Himmler é uma grande oportunidade. Ele quer controlar esse grupo de elite chamado Schutzstaffel, ou SS. Ele vê a SS como uma possível unidade de elite guerreira, estilo samurai. Não é um simples esquadrão de proteção para Hitler, ele se tornará o crème de la crème da visão nazista. E Himmler quer está no centro disso. 

            Enquanto muitas regiões colocam os camisas pardas na SS, Himmler tem outros planos. Na Baixa Baviera, escolherá homens que são mais que guarda-costas de elite. Suas tropas SS exibirão supremacia racial nazista e refletirão o ideal da masculinidade alemã.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/11/2020 às 21h02