Deus, criador de tudo e de todos, sempre está monitorando os processos evolutivos da criação. No momento que Ele deu condições de surgir dentro da criação a consciência com racionalidade e livre arbítrio, que pode seguir caminhos diferentes da Sua vontade, por ignorância, orgulho e vaidade, Ele também age no sentido de corrigir tais desvios, sem implicar no impedimento do livre arbítrio. Como não é conveniente intervir no livre arbítrio de ninguém, pois cada um deve evoluir por seus próprios méritos, para não ser um mero robô, as criaturas mais inteligentes terminam por usar sua racionalidade para a manutenção de sua própria vida e de seus descendentes, um trabalho próprio do Behemoth, descrito na Bíblia, no livro de Jó. Isso desenvolve as sociedades mais primitivas, de ações perversas individualistas, ancoradas ainda na ignorância da vontade de Deus, cuja essência é o amor que se caracteriza pela justiça, fraternidade e harmonia. Todos que seguem este caminho do amor, se dirigem para o regaço do Criador.
Há 2.000 anos o Criador organizou através de um longo período a vinda de um dos espíritos mais evoluídos ao nosso plano físico, aquele que foi considerado o Governador espiritual do planeta.
Os espíritos que dirigem o sistema solar foram influenciando gradativamente os destinos do mundo, na política, nas artes, comércio, filosofias... mesmo que dentro dessa evolução científica e tecnológica preponderasse os interesses materialistas, a ignorância espiritual, o mal sobre o bem. Temos o exemplo de Roma, expandiu seu império para dominar os povos através da força, das armas, mas contribuiu com a organização de nações, de legislações.
Quando se aproximava a época do nascimento do Cristo, as guerras diminuíram sensivelmente, a influência benfazeja do plano superior foi amortecendo as energias conflitantes dos governos terrestres. Hoje, tão distante da presença física do Cristo entre nós, parece que essa beligerância ficou exacerbada. O mal continua prevalecendo sobre o bem, o ódio se dissemina cada vez mais, a mentira penetra até naqueles que se dizem engajados nas fileiras do Cristo.
Como fazer para que nós, imbuídos da verdade que o Cristo nos trouxe, que podemos burilar nossos corações e viver como cidadãos do Reino de Deus..., mas como levar isso para a sociedade? Como transmutar a família nuclear, egoísta, na família universal, fraterna?
Este é o maior dilema que encontramos. Sabemos de toda a teoria, damos belas palestras, escrevemos ótimos textos, todos sintonizados com os ensinamentos cristãos, mas, onde está a prática?
Até eu, escrevendo tão belos e sintonizados textos com a doutrina cristã, mas onde está a minha prática? Com o meu próximo? Onde estão as minhas boas ações fraternas que ultrapassam as minhas ações individualistas?