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28/12/2020 23h49
CIRCULO DO MAL DE HITLER (38) –  COMUNIDADE DO POVO

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

XXXVIII

            Os nazistas chegaram ao poder, prometendo uma Alemanha forte e bem-sucedida. Então, Goebbels diz ao povo o que eles querem ouvir. Mostra projetos de criação de empregos, incluindo um grande programa de construção de novas autoestradas. E ele garante que as câmeras gravem o Führer à frente. A mensagem é bem clara: juntos, o povo e os nazistas estão construindo uma Alemanha nova e melhor.

            Os jovens desempregados, apáticos e sem raízes deveriam ser os pioneiros na construção de autoestradas, das rodovias, assim contribuirão em algo positivo e valioso para o crescimento do país, bem como ganharão dinheiro.

            Eles obtiveram sucesso ao prometerem tempos melhores no futuro. Eles criaram a promessa de que quem estava melancólico conseguiria um emprego, de que teriam férias, de que teriam uma vida melhor do que qualquer um já teve.

            Os nazistas consolidam o espírito de união ao criarem a Volksgemeinschaft, a Comunidade do Povo, um projeto de engenharia social de grandes proporções. É uma visão utópica. Do tipo: “Vamos esquecer as classes sociais e vamos nos unir em uma maravilhosa sociedade sem classes chamada Volksgemeinschaft, ou Comunidade Nacional.

            Para Goebbels, esse ideal de uma comunidade unida e harmoniosa em que indivíduos serviam a um bem maior tornou-se sua estrela-guia. Eles constroem a imagem de uma comunidade unida, desfrutando do aumento do emprego, com orgulho de serem alemães. Aos poucos eles assentam as bases para sua visão de uma raça germânica superior.

            Foi a primeira vez na história que se tentou criar um estado racial, e a Volk é um conceito central nisso.

            Mas a imagem cuidadosamente criada por Goebbels de uma utopia germânica não foi fundada em solo firme, pois, apesar da propaganda, todos sabem que a economia não vai bem.

            O milagre econômico dos nazistas não está dando certo. Embora o desemprego tenha diminuído, os salários são baixos. Espiões são enviados à comunidade para saber a opinião pública, e o ânimo é preocupante. O apoio eufórico está começando a diminuir.

            Está na hora de Goebbels reintroduzir seus bodes expiatórios favoritos. A economia ruim não é culpa da Volksgemeinschaft, é culpa dos forasteiros.

            A ideia da Volk significa senso de identidade, de comunidade. Se você não faz parte da comunidade, é contrário a ela, não pode ser meio a meio, e sua origem étnica-racial a marca como uma coisa ou outra.

            Agora Goebbels pode causar discórdia entre os alemães trabalhadores da Volk e os forasteiros venenosos, ou seja, os judeus. É um golpe de mestre de psicologia das massas. Atacar os judeus, o bode expiatório, o inimigo identificável, distrai dos problemas econômicos internos. Eles são a culpa da crise. 

            A propaganda de Goebbels instiga uma onda de violência contra os judeus. Mas nos bastidores, há surpreendente oposição. Inclusive de Adolf Hitler.

            Os ataques nas ruas causam desconforto público e prejudicam a economia. O apoio ao partido corre risco. Então, relutantemente, Hitler ordena repressão à violência. Mas Goebbels está determinado a continuar com seu objetivo. E ele logo vê a melhor oportunidade.

            A ideia de se criar uma Comunidade do Povo é muito boa, se realmente tenciona agregar todas as pessoas. Mas, o pensamento nazista, superfaturado por Goebbels, quer apenas criar uma barreira entre os alemães e os forasteiros, principalmente os judeus. Essa engenharia sorrateira para enganar os alemães e prejudicar os judeus, se desenvolveu na sombra da mentira, numa população que começava a ficar hipnotizada pelos discursos carregados de ódio e de Hitler e de Goebbels. Aqui no Brasil também sofremos dessa hipnose contra o povo, colocado de outra forma. Aqui não foi idealizada uma comunidade do povo, e sim foram jogados grupos contra grupos, classes contra classe, num sentido de causar desarmonia no seio da sociedade, estradas bloqueadas com pneus queimados, lojas destruídas no rastro de passeadas ameaçadoras... tudo isso observamos, fomo vítimas, e de certa forma ainda somos, pois muita gente de coração bom continua sob os efeitos da hipnose e defende aqueles que estavam causando nossa destruição. Felizmente temos ao nosso lado o comandante dessa batalha espiritual, o Mestre Jesus, Governador do planeta, que interviu e colocou um dirigente totalmente diferente daqueles que o precederam: Jair Bolsonaro. Pode não ter a diplomacia, a etiqueta social que muitos o criticam e até acusam mas tem o coração cheio de honestidade e respeito a Deus. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 28/12/2020 às 23h49