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12/01/2021 00h10
CIRCULO DO MAL DE HITLER (47) – OVO DA SERPENTE SE DESENVOLVE

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

            XLVII

A introdução de novos membros no círculo por parte de Hess não ajuda em seu relacionamento com a velha guarda. E para piorar, Hess percebe tarde demais que seu próprio vice está se tornando indispensável a Hitler. Martin Bormann está usando o projeto Berghof para chegar cada vez mais ao centro do poder. E o vice do Führer começa a se sentir desnecessário.

Esse é um momento importante na cisma entre os dois, e é Bormann que vence dessa vez, pois recebeu uma grande tarefa, e a executa muito bem. Hitler está impressionado com o projeto.

Hess não é o único antigo membro do círculo sob pressão. Hermann Göring está preocupado com os planos de expansão de Hitler à medida que seu Führer se prepara para tomar o primeiro alvo: Renânia.

Desde o fim da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha foi proibida de ter soldados posicionados nessa região, ao longo da fronteira ocidental. Mas em 1936, Hitler decide reocupar a zona de proteção com tropas. Ele sabe que isso será popular em seu país e um aviso para França e Grã-Bretanha.

Era uma forma de dizer: “Não vamos mais ser um Estado vassalo, fazendo o que o Tratado de Versalhes diz. Vamos reafirmar nossa liberdade”.

Mas é uma jogada de risco. Göring teme que os Aliados retaliarão com força militar a essa provocação óbvia. Ele tinha razão em achar que era uma provocação desnecessária, mas foi voto vencido.

Mais uma vez, Göring é forçado a recuar, com seu orgulho ferido. Óbvio que ele seguiu a ordem de Hitler. Era muito leal a ele. Mas ele não entendia direito o que Hitler queria conseguir. E ele queria evitar uma grande guerra.

Mas as coisas estão piores para Hess. Ele é o vice do Führer, mas nem foi consultado sobre os planos de reocupação da Renânia. Hitler não permite que certas pessoas sejam informadas. E Hess é uma delas, indicando que ele não estava no topo da hierarquia. Ele o usava, mas não passava informações que eram cruciais para um ministro.

Enquanto Hess é excluído, um membro mais perspicaz do círculo vê a Renânia como uma oportunidade de ouro para impressionar o Führer. Joseph Goebbels vende o sonho nazista. E esse é o tipo de chance de propaganda com a qual ele sonha há anos. É o seu momento de brilhar.

O ninho de serpentes que constitui o círculo do mal continua a crescer com novos integrantes que facilmente sintonizam com a maldade e a luta interna para posições privilegiadas. Agora, uma falha grande existe do outro lado, os adversários vitoriosos na Primeira Guerra Mundial e que determinaram limites ao governo alemão, derrotado na guerra e que deveria cumprir o acordado. Como observam a retomada de uma região que está fora dos limites e ninguém se manifesta? Se tal houvesse ocorrido, o ovo da serpente não teria se desenvolvido tanta a risco de dominar o mundo. Que fiquemos alerta a qualquer tentativa de governo que deseja atingir um status ideológico sacrificando povos como aconteceu na Alemanha, aqui no Brasil também observamos esse ovo de serpente se desenvolver a ponto de corroer todo o nosso potencial financeiro com a corrupção desenfreada e a discórdia lançada como forma de nos deixar isolados, uns contra os outros. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 12/01/2021 às 00h10