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23/01/2021 00h20
CIRCULO DO MAL DE HITLER (52) – GERANDO O ÓDIO

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

            LII

Ao longo de 1938, a disputa no grupo do Führer continua à medida que o próximo passo na dominação europeia começa a se desdobrar.

Com o sucesso da Anschluss, ficou óbvio para todos que Hitler voltaria sua atenção para a Tchecoslováquia. Uma região do Oeste, os Sudetos, abriga uma minoria considerável de falantes da língua alemã que já estão sendo mobilizados para apoiar a causa nazista. O plano de Hitler é usá-los como desculpa para invadir. Mas ele não pode entrar marchando sem justificativa. Então, mais uma vez, ele recorre a seu ministro da Propaganda, Joseph Goebbels, para elaborar um pretexto.

Isso explica o quanto Goebbels está envolvido na política estrangeira e nos objetivos ideológicos de Hitler. Se Hitler decidisse invadir a Lua, Goebbels se vestiria de astronauta. Era o tipo de pessoa que ele era. Ele estava envolvido intimamente em todas ações de Hitler, e não questionou essa última.

A máquina de propaganda de Goebbels trabalha novamente. Ele instiga divisão e ódio ao representar esses alemães como vítimas da opressão tcheca. Há chamado para que os Sudetos sejam levados à pátria de origem para restaurar a ordem. Ele inventou histórias sobre agressões contra alemães étnicos para apresentar a Alemanha como protetora deles. Então Goebbels vendeu a intervenção alemã como se fosse algo humanitário. 

Depois de reconquistar o respeito de Hitler com o sucesso da Anschluss, Göring pede precaução novamente. Seus instintos de guerreiro lhe diziam para ir em frente, tomar território, conquistar, mas ele era pragmático o bastante para entender que toda ação militar é um risco, e se você fizer a escolha errada, todo castelo de cartas pode cair. Mas novamente, Hitler ignora o conselho de Göring. O veterano de guerra não aprendeu que seu líder não muda de ideia após ter se decidido.

Em 1o. de novembro de 1938, tropas alemãs invadem os Sudetos e não param por aí. Seis meses depois, tomam outra grande parte da Tchecoslováquia. Outra jogada deu certo, e o castelo de cartas de Hitler permanece em pé. Mais uma vez Göring precisa engolir o orgulho. Foi uma decepção para ele que se achava o segundo homem mais importante da Alemanha, mas no outono de 1938 à primavera de 1939, e daí em diante, pela primeira vez, ele estava perdendo poder, não ganhando. Então, foi um golpe para Göring. Abalado, ele tem outro problema, um antigo vício volta à tona. 

Quinze anos antes, durante o golpe de Munique, Göring foi baleado e gravemente ferido. Tratado com morfina para aliviar a dor, ele se viciou nessa droga. Levou dois anos para vencer o vício. Mas agora, outro problema médico o leva a tomar morfina de novo. Ele teve graves problemas de dente que envolveram uma dolorosa cirurgia dentária. Como parte de sua recuperação, o dentista lhe deu analgésicos que continham opiáceos. Ele logo se vicia novamente e, nos anos de guerra vindouros, os rumores de seu vício em morfina arruinarão a sua carreira e sua reputação ficará balançada. Ele perde o foco do comando da Luftwaffe e é visto jogado no sofá no meio do dia, entorpecido, em uma confusão de excesso de comida, bebida e drogas.

A tática de desenvolver animosidade entre as pessoas para atingir um objetivo oculto não é recente. O que as esquerdas promoveram aqui no Brasil durante os anos que esteve no poder, foi justamente patrocinar essa animosidade entre os diversos grupos: negros x brancos, ricos x pobres, hetero x homossexuais, sindicalistas x patrões, meninos x meninas, e por aí vai. O país vivia sob frequente tensão, nas estradas com bloqueios e pneus queimados, no campo com invasões e destruição de propriedades, com a impunidade de criminosos, com arruaças e quebra-quebra nas ruas... tudo isso para deixar os cidadãos amedrontados, desarmados e procurando a defesa de um Estado que desejava apenas sugar o sangue, suor e lágrimas da nação. E quem tivesse um pensamento crítico, ou tinha o assassinato de sua reputação ou até da própria vida. Felizmente Deus interviu e colocou uma pessoa firme e honesta no comando da nação, mesmo correndo risco da própria vida, cujos mandantes do crime até hoje não foram identificados, pela cortina de fumaça gerada pelos pais das iniquidades. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/01/2021 às 00h20