Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
17/02/2021 00h16
GUERRA ESPIRITUAL – RODRIGO CONSTANTINO (1)

            Encontrei o pensamento de Rodrigo Constantino sobre Guerra Espiritual, numa página intitulada “THEOPOLIS ACADEMY – A Soberania das Esferas”, que depois irei verificar do que se trata. Por enquanto, vejamos o que diz o Rodrigo nesta exposição que ele faz a pedido de um pastor, pois faz sintonia com o texto escrito no dia anterior, do pensamento do espírito Bezerra de Menezes:

            Vou trazer uma visão geral do que estou vendo no mundo e no Brasil e a tese que eu tenho defendido é que nós estamos vivendo um momento, mais do que uma guerra política e mais até mesmo do que uma guerra cultural, que sem dúvida está escancarada.

            Eu acho que nós estamos vivendo uma guerra espiritual. Nós estamos vivendo um embate de forças, divisões distintas da sociedade, de ser humano e que infelizmente não é a visão mais alvissareira, positiva e otimista do mundo. O lado ruim, chamemos assim, vem avançando, e vem avançando muito. Então, é mais do que nunca crucial haver uma conscientização do que está em jogo, do que está em curso, e uma reação.

            Essa é minha tese e o meu diagnóstico.

            O que tem acontecido e o que identificamos como fenômeno em vários eventos, e tem vários livros sobre esse assunto, é basicamente o seguinte. Há um distanciamento, um afastamento gradual e muito abrupto já, entre aquilo que a gente convencionou chamar de uma elite cosmopolita, secular, “liberal” e o povo do outro lado. Os reles mortais de carne e osso, os trabalhadores, aqueles que estão interessados em valores morais, decência, empregos, saneamento, segurança, enquanto que a elite, cada vez mais apartada da realidade desse povo, presa numa bolha cognitiva, fica falando de outras bandeiras. Acha que as grandes causas da humanidade são as políticas sectárias, ideologias de gênero, a causa do aborto, da legalização das drogas, o casamento gay, e por aí vai. E são eles que controlam, via de regra, boa parte do establishment político, sem sombra de dúvidas, o establishment cultural, não é pop cultura, é Hollywood, Globo e por aí vai. Eles olham para o povo como os deploráveis. Esse é o termo que a própria Hillary Clinton usou para se referir a metade dos eleitores do Donald Trump. E fora isso, vários indícios nós temos. Uma Âncora da CNN que já riu e desprezou os eleitores do Trump, disse que eles não seriam capazes de apontar estados no mapa e países da Europa. Então, a visão absolutamente preconceituosa que essa elite desenvolveu acerca da população. São os obscurantistas, são os seres tacanhos, acham que são fascistas porque defendem valores tradicionais, família e religião. 

            No Brasil, esse preconceito fica mais evidente ainda quando se fala, por exemplo, da comunidade de evangélicos. Essa elite que ocupa as redações dos jornais, a mídia em geral, ela olha com profundo desdém e desprezo para toda essa comunidade de evangélicos que já somam, grosso modo, um terço da população brasileira. Obviamente, eles querem ter voz na política, o que é absolutamente legítimo, até porque tudo tem sido politizado, então é preciso reagir no âmbito da política, senão eles vão avançando e destruindo, não só os valores culturais como as nossas próprias liberdades. Aí vem essa acusação de que a bancada evangélica quer destruir, são reacionários, querem destruir o progresso, e por aí vai.

            Então, os três principais eventos, fenômenos que ilustraram mais recentemente essa tese, foi a vitória do Trump em 2016 nos Estados Unidos, a vitória do Jair Bolsonaro no Brasil, e o Brexit que os britânicos votaram para sair daquela União Europeia que vinha asfixiando suas liberdades.

            O que está em jogo aqui, do ponto de vista político, é uma grande disputa de forças entre duas visões muito distintas de mundo, que é o Globalismo de um lado e a defesa da Soberania Nacional do outro. Na ausência de um termo melhor, vamos chamar de Nacionalista. Tenho algum problema com o termo Nacionalista, porque levado ao extremo pode remeter aquilo que nós vimos na Alemanha, ou aquelas coisas que colocam a nação como uma construção abstrata, acima de indivíduos de carne e osso, que seriam sacrificáveis pela nação. Prefiro o termo Patriotismo, mas para simplificar, como de um lado temos a defesa da Soberania Nacional, dos Estados-nações, e do outro lado essa visão globalista, podemos colocar essas duas forças que hoje estão se digladiando nessa esfera política global.

            O que defende os globalista? Eles defendem um governo mundial. É uma abordagem de cima para baixo onde tudo vai ser definido por esses burocratas e tecnocratas sem rosto, sem voto e sem accountability.

            Sintonizo com esse pensamento, vejo com mais coerência dentro do que ocorre hoje no mundo e especialmente no Brasil. Vejamos o seguimento das ideias do autor nos próximos textos.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 17/02/2021 às 00h16