Fui chamado a atenção para os salmos constantes na Bíblia como pessoa que quero viver segundo a lei de Deus, e mais ainda, como instrumento de Sua vontade como pretendo, apesar de não estar cumprindo meu próprio desiderato. Dessa forma, cada Salmo pode representar uma comunicação direta, cabendo a mim sua leitura e interpretação, com capacidade de identificar o Espírito da letra.
Assim farei, a partir de hoje, em dias não programados, mas quando sentir que o próximo Salmo está trazendo uma informação necessária, ao lado de tantas outras mensagens que recebo de diversas fontes, vindas do Pai.
Vejamos o primeiro Salmo, num momento que sinto a minha quase completa falta de rendimentos, do “instrumento” do Pai que quero ser, mas não alcanço a sabedoria, coragem e inteligência rápida para isso acontecer.
Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores.
Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite.
Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá frutos na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera.
Os ímpios não são assim! Mas são como a palha que o vento leva. Por isso não suportarão o Juízo, nem permanecerão os pecadores na assembleia dos justos.
Porque o Senhor vela pelo caminho dos justos, ao passo que o dos ímpios leva à perdição.
Esta advertência não me atinge totalmente. Não convivo com pecadores tão declarados, que chegam a escarnecer da divindade. Pelo contrário, minha convivência é com pessoas que conhecem o Evangelho, que o respeita, inclusive a Deus. O que me incomoda no convívio com essas pessoas, é com o nível de prática aos prazeres corporais, deixando em segundo ou terceiro plano, a prática dos interesses espirituais, até mesmo a reflexão do nosso comportamento.
Por esse motivo, minha tendência é de afastamento desses meus amigos, até familiares, cuja conversa não sintoniza com os meus interesses espirituais, que considero ter uma força bem maior do que eles demonstram ter.
No entanto, essa minha postura espiritual é de certa forma reconhecida e poderei ser atendido se chamar a todos para uma reflexão espiritual, até mesmo no meio de brincadeiras e prazeres materiais. Seria uma forma de chamar a atenção para os dois caminhos, que podemos brincar e sentir os prazeres materiais, mas sem esquecer os compromissos espirituais e refletir sobre a nossa capacidade de colocar em prática esses valores espirituais.
Deixo de fazer isso, tenho receio de me transformar numa pessoa inconveniente, capaz de acabar com a alegria e motivação de todos que aproveitam os momentos de alegria material. Esta é a minha falha. Não tenho sabedoria para bem administrar o contexto em que estou inserido tendo a inteligência rápida para fazer visível os interesses espirituais, sem perder o momento e sem comprometer o clima de harmonia e prazeres materiais. Falta a coragem para colocar em prática essas ações, mesmo sentido a dificuldade na sabedoria e inteligência.
Assim, me considero incompetente apesar de não viver a situação que o Salmo adverte. Mas é uma boa reflexão que serve para eu lutar para a conquista desses valores que são necessários para eu seguir no caminho dos justos.