Continuação da íntegra do pronunciamento de Dom Viganò sobre a crise na Igreja, as heresias do Vaticano II e a “igreja paralela”. Esta arrasadora conferência dada por Dom Antônio Carlo Maria Viganò, Arcebispo e ex-Núncio Apostólico dos EUA (em 29 de outubro de 2020), na qual ele trata de modo dramático sobre a grande crise atual na Igreja e a terrível "máfia eclesiástica" que nos assola, denunciando a proliferação das heresias promovidas pelo Vaticano II, as profanações de toda sorte cometidas pelos próprios clérigos, os erros gritantes do Papa Francisco (que segundo ele teria sido eleito por influência da maçonaria) e a apostasia generalizada. Vejamos a íntegra desse pronunciamento e façamos nossas reflexões. O tema desta palestra é: como o Vaticano II serve à Nova Ordem Mundial.
7. SOCIEDADE ABERTA E RELIGIÃO ABERTA
Sem perder de vista essa comunhão de intenções entre a Nova Ordem Mundial e a anti-Igreja, devemos ter em mente que o Pacto Global pela Educação, programa elaborado por Bergoglio com o objetivo de "gerar uma mudança em escala planetária para que a educação crie fraternidade, paz e justiça, uma necessidade ainda mais urgente nestes tempos marcados pela pandemia". Promovido em colaboração com as Nações Unidas, este "processo de formação na relação e na cultura do encontro encontra também espaço e valor na casa comum de todas as criaturas, desde as pessoas, visto que se formam na lógica de comunhão e solidariedade, trabalham já com vista a recuperar uma serena harmonia com a criação".
Como se vê, toda referência ideológica é sempre ao Concílio, porque justamente a partir desse momento a anti-Igreja colocou o homem no lugar de Deus, a criatura no lugar do Criador.
É evidente que o novo humanismo tem uma estrutura ambientalista e ecológica na qual se enxertam tanto a encíclica Laudato sii quanto a teologia verde, a Igreja com uma face amazônica do Sínodo dos Bispos de 2019, com sua adoração idólatra da Pachamama (Mãe-Terra) na presença do "sinédrio romano". A atitude da Igreja durante a cobiçada pandemia de covid-19 mostrou, por um lado, a submissão da Hierarquia aos ditames do Estado, violando assim a libertas Ecclesiae. que o Papa deveria ter defendido fortemente. Também revelou a negação de qualquer significado sobrenatural da pandemia, substituindo a justa cólera de Deus, ofendido pelos inúmeros pecados da humanidade e das nações, pela fúria mais perturbadora e destrutiva da Natureza, ofendida pela falta de respeito pelo meio Ambiente...
Gostaria de enfatizar que atribuir uma identidade pessoal à natureza, praticamente dotando-a de intelecto e vontade, é o prelúdio da sua divinização. Já vimos um prelúdio sacrílego a isso sob a própria cúpula da Basílica de São Pedro.
O ponto principal é este: conforme a anti-Igreja se acomoda à ideologia dominante do mundo hoje, ela se envolve em cooperação genuína com representantes poderosos do estado profundo, começando com aqueles que preparam uma economia sustentável, como Jorge Mario Bergoglio, Bill Gates, Jeffrey Sachs, John Elkann e Gunter Pauli.
É importante lembrar que a economia sustentável tem repercussões na agricultura e no mundo do trabalho em geral. O deep state deve obter mão-de-obra de baixo custo por meio da imigração, o que contribui ao mesmo tempo para o desaparecimento da identidade religiosa, cultural e linguística dos países afetados. Por sua vez, a deep church fornece uma base ideológica e pseudoteológica para este plano de invasão, e ao mesmo tempo garante uma parte na lucrativa recepção. Podemos compreender a insistência de Bergoglio na questão dos imigrantes, reiterada também em Fratelli tutti: “Assim se espalha uma mentalidade xenófoba, de pessoas fechadas e fechadas sobre si mesmas” (nº 39) (...) “As migrações constituirão um elemento determinante do futuro do mundo” (nº 40).
Bergoglio usa a expressão "elemento determinante", indicando que não é possível hipotetizar um futuro sem migração.
Deixe-me falar um pouco sobre a situação nos Estados Unidos às vésperas das suas eleições presidenciais. A Fratelli tutti dá a impressão de constituir um endosso do Vaticano ao candidato democrata, em clara oposição a Donald Trump, e aparece precisamente alguns dias depois de Francisco se recusar a conceder uma audiência em Roma ao secretário de Estado Mike Pompeo. Isso confirma de que lado estão os filhos da luz e quem são os filhos das trevas.
O Concílio Vaticano II colocou para dentro da fortaleza cristã um “Cavalo de Troia” iludido por sua grandiosidade e imponência estética, um reconhecimento pelos inimigos, do seu poder inquebrantável na guerra que estava em andamento.
Não é o “Cavalo” na forma de conceitos grandiosos e estéticos que foi colocado dentro da Santa Igreja que é o perigo. O perigo é que pessoas maliciosas, temerosas ou ignorantes, façam uso desses conceitos para desvirtuar a Santa Igreja na sua responsabilidade de converter o pensamento humano, dos interesses mundanos, egoístas e totalitários, para o pensamento divino, de construir uma sociedade baseada na família universal, construindo o Reino de Deus, sob a liderança do Cristo, e não uma sociedade controladora das liberdades individuais sob a regência daqueles que se opões ao Cristo, o Anticristo.