Lucas escreveu em seu Evangelho uma experiência acontecida com Jesus, os milagres que ele realizava. O cego de Jericó logo viu, e O foi seguindo e glorificando a Deus (Lucas, 18:43).
A atitude desse cego representa um padrão de gratidão que deve ser seguido por todo discípulo sincero do Evangelho. Ele primeiro procura Jesus diante da multidão. Após ser curado, acompanha Jesus, glorificando a Deus. O povo, observando a gratidão e a fidelidade juntas, volta-se para a confiança no Poder de Deus.
A maioria dos necessitados, porém, assume posição muito diversa. Quase todos reclamam a participação do Cristo, exigindo dádivas, milagres, curas, recursos... caprichos dos ais perniciosos, sem qualquer esforço pela elevação espiritual de si mesmos, como é a intenção do Mestre.
Não consegui ver com meus próprios olhos os milagres que Jesus fez, como citado por Lucas a partir das testemunhas do fato. Mas acredito, vejo com os olhos da fé triada pelo raciocínio, observando a coerência e a honestidade de quem está escrevendo ou falando, que a existência de Jesus foi um fato, que conseguiu mudar o caminho evolutivo que a humanidade estava seguindo.
Conseguindo ver dessa forma, entendo que devo aplicar suas lições no meu cotidiano, ser um discípulo coerente com a vontade do Pai do qual o Mestre era o portador. Tenho que praticar mais a conversa com o Pai, como Jesus fazia. Ainda não tenho esse hábito, ainda estou muito ligado aos instintos animais, aos desejos do Behemoth que habita dentro de mim. Sinto gratidão pelo esforço que o Mestre fez para trazer seus ensinamentos, o sacrifício que teve que passar no processo da crucificação. Recebido as lições e entendendo o caminho que devo seguir para me aproximar do Pai, sinto que devo ser mais um a repassar os princípios do Evangelho e ser um dos construtores do Reino dos Céus.
Antes eu duvidava de muitas coisas da espiritualidade, tinha uma formação muito pesada no materialismo, nos princípios da academia. Mas hoje, com a maturidade que adquiri, com tudo que vi de Jesus, não posso simplesmente ver e não colaborar com o processo de redenção de cada um dos meus irmãos.
Tenho a compreensão das dádivas recebidas do Mestre, da cegueira que era portador sobre o mundo espiritual antes de conhece-Lo. Estudei e aprendi o que tenho que fazer. Posso não ter a força necessária para fazer o que é preciso, por deficiência espiritual, ainda sou muito fraco nesse caminho. Seguir os passos do Cristo, é uma tarefa e tanto! Escalar com Ele a montanha do trabalho e do testemunho.
Eu, que recebo um favor, tenho que agradecer. Vejo a luz, tenho que seguir. Não basta somente ver, tenho que descrever o que vejo para quem tem mais dificuldade possa entender.