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23/05/2021 00h22
CIRCULO DO MAL DE HITLER (61) – DECLÍNIO DE HESS

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

            LXI

Em Berghof, Bormann está disposto a ocupar a nova vaga, então imediatamente trata de se distanciar de seu antigo chefe. Ele manda a esposa de Hess, Ilse, ser interrogada e ameaçada de despejo de sua casa. Mas ela apela a Eva Braun, e Hitler aceita que ela não estava a par do plano. 

Em uma época mais feliz, Bormann havia batizado seus filhos de Rudolf e Ilse em homenagem aos padrinhos. Agora, mandou mudar os nomes legalmente. Em questão de dias, após lidar com tudo, a lealdade de Bormann é recompensada. Hitler elimina o posto de vice do Führer e, apesar de muitas objeções de Göring e Goebbels, nomeia Bormann como chefe da chancelaria, seu assistente mais próximo e guardião.

Com a astúcia de uma raposa, o operador de bastidores finalmente chegou ao auge do seu poder, no centro da injustiça, violência e do terror do Terceiro Reich. Dá para imaginá-lo pensando: “Agora eu consegui, Hess é passado. Tenho tudo isso à minha frente.” Talvez estivesse com os pés na mesa, pegando um cinzeiro para poder fumar.

Para Bormann, é um momento singular. 

Na Inglaterra, Hess é levado para um local fora de Londres. Ele está sendo mantido em cativeiro, deve achar que fracassou. Sente-se mais solitário do que sentia no Terceiro Reich. Deve saber que seu futuro é incerto e que foi difamado não só no círculo íntimo, mas por todo o mundo. Eliminado. Ele está no auge do desespero. Para ele, só há uma saída.  Ele atinge o ponto mais baixo e tenta se suicidar, jogando-se do corrimão em direção ao saguão do prédio. Mas ele falha de novo. Ele quebrou a perna na queda, sente muita dor. Deve ser seu pior momento. Não só falhou em sua missão, como também falhou em se suicidar.

Rudolf Hess permanecerá preso pelo resto da vida. Ele abre seu coração em cartas da Cruz Vermelha para a família e amigos. “Meus queridos, devem imaginar como ando pensando em vocês. Meus pensamentos também estão com o Führer e a nação. Um dia eu voltarei para casa, e anseio muito por isso. É verdade que eu não consegui nada. Não consegui parar a loucura da guerra e não impedi o que previ que acontecerá, mas fico feliz de ter tentado.”

De um lado ele escreveu algo bem humano. Era um homem que queria paz, não guerra. Do círculo íntimo, ele era o menos beligerante de todos. Mas não devemos ser bonzinhos com ele. Ele propagou e ajudou a chegar ao poder um dos regimes mais malignos que já se viu.

Com um homem a menos, os capangas de Hitler reavaliam suas posições.

Göring está vulnerável. Já Goebbels e Himmler, mantêm-se firmes. E Bormann está a passos largos à frente dos rivais. 

Mas com o avanço da guerra, as disputas dentro do círculo íntimo ficarão mais intensas ainda.

O menos mau dentro de um circulo de pessoas endiabradas, não passa a ser bonzinho por ter uma ação positiva. Hess comungou com as estratégias do mau desde o início, mesmo que tenha sido motivado por algo grandioso para a pátria. Com o desenrolar dos acontecimentos e com o fortalecimento do grupo na estrutura do poder, sempre usando de táticas distantes da ética e da fraternidade, se torna compreensível que o membro menos ousado e beligerante de todos terminasse no ostracismo. Seria melhor ter saído de dentro do grupo, se realmente fosse tocado por um sentimento realmente positivo. Foi como observamos aqui no Brasil com os asseclas de Lula enquanto estavam no poder e sufocando a nação com a corrupção massiva em todos os setores. Pouquíssimas pessoas saíram de dentro de tal círculo maligno, e até hoje, fora do poder, continuam lutando com as armas da mentira, das falsas narrativas contra quem se apresenta com bons princípios e mostram que lutam contra a corrupção. Mas tanto aqui no Brasil quanto lá na Alemanha e no mundo como um todo, o mal pode prevalecer em algum momento, mas em seguida a vontade de Deus volta a ser dominante. Estamos vendo agora, a escalada do mal em todo o mundo, como a escalada do Anti-Cristo, previsto nas profecias, mas também, logo em seguida, irá prevalecer a vontade de Deus através daqueles que resistem ao canto de sereia do Maligno.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 23/05/2021 às 00h22