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24/05/2021 00h22
CIRCULO DO MAL DE HITLER (62) – SUCESSO DE GÖRING

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

            LXII

CAPÍTULO 7 – ASCENSÃO E QUEDA DE REINHARD HEINDRICH

Em 1939, a declaração de guerra do Führer proclama a ascenção de uma das figuras mais fanáticas do círculo íntimo de Hitler. O chefe da SS Heinrich Himmler.

A eclosão da guerra dá a Himmler oportunidade de realizar seus sonhos, seus pensamentos raciais distorcidos para o futuro da Alemanha. Tudo isso poderia acontecer.

            Para realizar seus sonhos, Himmler tem em sua SS o nazista mais cruel de todos. Seu nome é Reinhard Heydrich. Ele é um operador completamente implacável. Manipulador e esperto. Alguém muito útil a se ter para a implantação de um estado policial.

            Heydrich e Himmler formam um par formidável. Mas enquanto avançam com seus planos radicais, os rivais no círculo já tramam para acabar com a parceria mortal.

Göring olha para Himmler e pensa: “Quer saber? Seu garoto está indo bem. Logo virá problema para você.” E, claro, Bormann leva um pouco de crédito. É um jogo político bem antigo, e Bormann é mestre em jogá-lo.

A ascensão meteórica de Heydrich o tornará um alvo tanto dentro quanto fora do círculo íntimo de Hitler.

Esta é a história dos capangas de Hitler, na luta pelo poder, da ambição cega e dos bajuladores que criarão um monstro e alimentarão os horrores brutais do Terceiro Reich.

Setembro de 1939.

A invasão à Polônia está em andamento. E para Hermann Göring, líder da Luftwaffe e o homem mais poderoso do círculo íntimo de Hitler, tudo está saindo como planejado.

A Luftwaffe obtém muito sucesso. Acaba com cidades e vilarejos e destrói unidades polonesas. É uma parte essencial da Blitzkrieg e Göring leva crédito total por isso.

Fala de Göring mostrando cenas de ataques aéreos: “Neste filme, imagens penetrantes dão ao povo alemão uma impressão poderosa da campanha polonesa e mostram que cada inimigo no caminho será arrasado, destruído”.

É uma completa reviravolta para Göring. No início do ano, ele se opôs aos planos expansionistas de Hitler para o Terceiro Reich. Göring é bem cético quanto a essa empreitada, mas tudo deu certo de forma bem rápida. Isso dá a Göring a confiança de dizer: “É uma ótima ideia. Eu topo.”

Mas há outros no círculo íntimo que também percebem que a Polônia é a chance para brilhar. Heinrich Himmler, o fanático chefe da SS, busca por um plano radical de germanizar a Polônia ocupada. 

Himmler é um ideólogo. De várias formas, ele é mais ideólogo que Hitler, se é que é possível. Ele é contra a todos que não são arianos ou teutões. Ele é um ideólogo nacional-socialista fervoroso. Tem uma visão assustadora para a Alemanha futura. É uma visão da qual o Führer compartilha, enquanto celebra sua vitória no Reichstag. Seus planos são claros e intransigentes. Primeiro: a criação de uma frente do Reich, de acordo com condições históricas, etnocratas e econômicas. Segundo: a disposição de um espaço vital de acordo com as nacionalidades, que resolveria o problema...

As palavras do Führer confirmam a Himmler que a Polônia é onde suas ideologias compartilhadas podem virar realidade. Himmler planeja tornar grande parte do território polonês em Lebensraum, ou “espaço vital”, para uma nova raça alemã superior. Ele não só quer se livrar dos judeus, mas também dos eslavos e dos deficientes físicos. Ele pensa: “Vou arianizar a sociedade alemã. Reproduzir gente superior. Vou germanizar todos os lugares que ocupamos.”

O objetivo de Himmler é expulsar milhões de poloneses étnicos e judeus do oeste da Polônia para abrir espaço para alemães. É um projeto radicar motivado não só pelo fanatismo de Himmler, como também pela sua fome de poder.

Quando tudo já estiver germanizado e já tiverem criado o Lebensraum, será a SS que comandará o show. Ao passarem aos territórios ocupados, o papel e a autoridade de Himmler aumentam ao mesmo tempo. E ele tem seu exemplo de supremacia ariana para fazer o trabalho.

Como é perigoso um grupo se instalar no poder e influenciar de forma nociva a vida de milhões de pessoas, sem que essas se deem conta do que está acontecendo. Aconteceu com os alemães na gerencia de Hitler; aconteceu conosco, brasileiros, na gerencia de Lula. Não percebíamos o quanto de nossos recursos estavam sendo desviados de forma criminosa, de como o mal se desenvolveu sob os nossos olhos que não conseguiam ver. E hoje ainda observamos pessoa assim, não conseguem ver o mal que lhes fizeram e ainda defendem os algozes.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 24/05/2021 às 00h22