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27/05/2021 00h24
CIRCULO DO MAL DE HITLER (65) – LIVRAR DOS JUDEUS

            Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.

LXV

LIVRAR DOS JUDEUS

EMIGRAÇÃO OU EVACUAÇÃO

Em 1939, Heydrich ainda está nos 30 anos. Ele é comparativamente jovem. Uma estrela em ascensão. Então, quando recebe a ordem para cuidar da questão dos judeus, claro, isso é uma grande honra. E alguém como Heydrich é ambicioso, implacável e motivado bastante para não desapontar.

Heydrich foi escolhido pelo próprio Führer para realizar o sonho nazista de uma Alemanha racialmente pura, mas com a futura invasão da Polônia, ele logo terá dois milhões de judeus a mais para os quais parece não haver um plano definitivo.

As ordens vindas do topo, quando são particularmente fortes, também são bem vagas. Hitler nunca disse que queria todos executados. Disse para se livrar dos judeus. O que significa? Quem sabe? É preciso dar um jeito. E a interpretação dessas ordens ficou a cargo de Heydrich. 

SETEMBRO DE 1939

Enquanto as tropas alemãs invadem a Polônia, Heydrich ficou encarregado de preparar o novo território para a germanização. Para isso ele criou forças-tarefas especiais da SS, ou Einsatzgruppen, para aterrorizar os civis à submissão através do medo.

A tarefa do Einsatzgruppen na campanha polonesa era decapitar a sociedade polonesa. Era preciso matar a elite polonesa, os padres, os professores, os políticos, os líderes econômicos. E mata-los em dezenas de milhares. Era a tarefa do Einsatzgruppen. 

21 DE SETEMBRO DE 1939 – POLÔNIA

Mas é só um trabalho de base para medidas mais sistemáticas para realizar o sonho de Himmler de um espaço vital alemão. Os homens de Heydrich têm novas ordens. Milhões de poloneses étnicos seriam levados ao leste para abrir espaço para colonos alemães. E quanto aos judeus poloneses, o destino é ainda mais incerto. Devem ser reunidos e mantidos em guetos urbanos... para futura deportação. 

CUSTÓDIA

Repentinamente, no meio da noite, são retirados à mira de arma junto com outras famílias judaicas, levando uma mala. São levados em longas viagens de trem a grandes centros na Polônia ocupada, onde ficam espremidos em pequenos espaços, como sardinhas. É desumano, repugnante e bárbaro. 

Até o começo de 1940, centenas de milhares de judeus foram colocados em guetos dentro de uma nova zona criada chamada Governo Geral. Heydrich não tem preocupação moral ou prática pelas condições de vida, em parte porque era uma medida temporária. Mas o impacto dessas grandes migrações forçadas está incomodando outros nazistas do alto escalão.

Hans Frank é o poderoso novo chefe nazista do Governo Geral, que inclui a capital polonesa Varsóvia, e a segunda maior cidade, Cracóvia. Ele não está feliz por Heydrich e Himmler usarem seu novo feudo como ponto de detenção para os judeus. Frank começa a se preocupar de que seu Governo Geral se tornaria uma área de despejo para indesejáveis de outros territórios ocupados. E Frank é um velho amigo de Hermann Göring, rival de Himmler no círculo. 

Himmler chama Göring de rei do mercado negro, sempre querendo lucrar. E Göring se refere a Himmler como um pedante, metido a sabichão, burguês, um abnegado desagradável. Não tem como ter duas pessoas mais diferentes. 

Quando Göring fica sabendo que as atividades da SS estão ameaçando a viabilidade econômica do Governo Geral, é a chance perfeita para exercer sua autoridade, então ele convoca Himmler e seu velho amigo para uma reunião. 

O problema é que Hans Frank ficou incumbido de administrar o Governo Geral na Polônia, e Himmler, de germanizar a Polônia. Temos uma disputa com Frank de um lado dizendo para parar de despejar essa gente na Polônia, e Himmler perguntando: “Aonde mais irão?”

Como segundo em comando do Führer e ministro da Economia, Göring força Himmler a concordar que mais nenhuma deportação acontecerá sem o consentimento de Frank. Para Himmler, é um lembrete frustrante de quem exerce influência no círculo íntimo. Heydrich terá de achar um novo plano para judeus e poloneses. Quanto a Göring, suas prioridades estão na linha de frente, pois acontecerá um novo conflito armado.

ABRIL DE 1940 – NORUEGA

Encorajado por seu sucesso na Polônia, Hitler decide atacar seus inimigos do Ocidente. Agora é a vez deles sofrerem a eficácia devastadora da Luftwaffe de Göring.

Começou no início de abril com Noruega e Dinamarca, e, em dez de maio de 1940, a Wehrmacht atacou os países ocidentais, França, Luxemburgo, Bélgica e Países Baixos. 

E voando em missões de combate na Europa Ocidental, está nada menos que Reinhard Heydrich. Ao contrário do seu chefe Himmler, o soldado frustrado, Heydrich satisfaz sua vontade de ver ação militar real.

Era um grande risco para um homem de sua importância no Terceiro Reich. E mostra muito sobre seu desejo de provar que não era bom só atrás de uma mesa, mas também de um avião, ele se arriscava e era um macho alfa, como chamamos atualmente. 

Mais uma vez, o apoio da Luftwaffe ao Exército é fundamental para derrotar os franceses e britânicos. Em seis semanas, a Europa Ocidental está sob controle nazista, e Göring é o homem do momento. 

Esse jeito nazista de se “livrar dos judeus” e outras etnias inconvenientes foi um soco na ética mundial que deixou tal barbarismo acontecer. Também fica um desafio: como o cidadão comum, conectado à família e ao trabalho tradicional, pode interferir e evitar que grupos truculentos que assumem o poder querem se perpetuar nele? Primeiro, é ter consciência do que está acontecendo, sem ser bloqueado pela falta de educação ou por falsas narrativas; segundo é ter armas à disposição que possam fazer o enfrentamento pela força. Na Alemanha não havia essas condições, como também não existe no Brasil. Felizmente, na época de Hitler havia países com pessoas de bom senso critico, como Winston Churchill na Inglaterra, que fez o contraponto da resistência e evitou a preponderância do mal, como parece estar se delineando agora, quando as iniquidades como corrupção e fraudes são aceitas pelas instituições que deveriam garantir o andamento correto dos diversos procedimentos sociais, como aconteceu com a recente eleição para presidente nos Estados Unidos. O país mais importante na defesa das liberdades democráticas, terminou sucumbindo a fraude eleitoral e colocando no poder uma pessoa com o mínimo de representatividade social, engajado num processo mundial de governo único, uma Nova Ordem Mundial. Nós, cidadãos comuns, que observamos com senso crítico tudo isso se desenrolar, só podemos pedir socorro às instâncias espirituais, capitaneadas pelo Cristo, como governador planetário, imune a qualquer tipo de corrupção ou fraude. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 27/05/2021 às 00h24