Aprendi, na companhia do Pai, que Ele está sempre comigo, orientando, instruindo, oferecendo caminhos diversos que através da pureza da minha consciência eu tenha que escolher aqueles mais próximos da Verdade divina.
Posso fazer agora um retrospecto da minha vida e vejo que realmente entrei por alguns caminhos errados, por exemplo, defender o aborto, defender e fazer militância pelo socialismo/comunismo, mas que consegui corrigir a tempo.
Agora, estou sentindo outra revelação dos caminhos que me são oferecidos. Não que eu estivesse caminhando errado, na questão do trabalho. Por não ter tido outra orientação, eu foquei no trabalho tradicional, lutando por um emprego, por mais qualificado que eu conseguisse ser, como por exemplo, ser doutor dentro da Academia.
Vejo agora com mais nitidez o mundo do empreendedorismo, onde os dons que o Pai me deu, podem ser bem mais utilizados, e como na parábola dos talentos que o Mestre nos ensinou, eu nunca enterrei os meus talentos, mas poderiam ser melhor direcionados, se eu tivesse o conhecimento suficiente desses caminhos da forma de trabalho. Isso porque, desde que eu assumi a disposição de fazer a vontade de Deus e não a minha, de reconhecer que tudo que adquiro pertence a Deus, e, portanto, deve ser usado para o que Ele quer que seja feito, a caridade, a solidariedade, a construção da família universal e consequentemente a maquete do Reino dos Céus aqui na Terra, vejo que o trabalho tradicional não é suficiente para a realização deste trabalho. Vejo que assumi muitos trabalhos ilegais, empregos públicos para os quais a legislação não permite, mesmo que o trabalho proposto tenha sido realizado. Agora, sinto a pressão da legislação na correção desses desvios ilegais presente a lei, mas não imoral frente as leis morais apresentadas pelo Cristo, pois tudo está direcionado para a vontade do Pai.
Tudo isso que está acontecendo, serve de revelação para uma nova modalidade de trabalho que seja executado, saindo desse padrão tradicional. Todos os meus recursos sustentam uma rede de ajuda fraterna aos irmãos necessitados que estão ao meu redor. Mas é uma ajuda passiva, onde cada um recebe a sua cota e com isso não sentem a pressão para se desenvolverem. Neste momento crítico, onde a correção dos trabalhos ilegais levará a redução drástica dos recursos financeiros, consequentemente, a ajuda será também cortada de forma drástica.
O Pai já tinha me mostrado há cinco anos uma forma diferente de trabalho, dentro do Marketing de Multinível (MMN), longe do trabalho tradicional. O trabalho no MMN é totalmente meritocrático, que depende do trabalho da pessoa para o desenvolvimento financeiro esperado e que todos se ajudem mutuamente. Este também é o modelo da família universal. Vim perceber isso com mais clareza agora no período de pandemia, mais ainda quando a crise no meu trabalho tradicional se avizinha. Vejo que o modelo de empreendimento no MMN é superior aqueles empreendimentos que já havia tentado, como mercearia, loja de balas, farmácia, onde todos faliram e levaram consigo parte dos meus recursos. Nenhum benefício ficou para os envolvidos, principalmente para mim.
Com o projeto do MMN, também pode haver insucesso para todos, inclusive para mim que estou desenvolvendo o trabalho. Mas fica um aspecto que os outros não tinham. Podemos estudar a forma correta de fazer o trabalho e se persistirmos nessa forma correta o sucesso pode ser alcançado. Isso depende do trabalho correto e persistente de quem se envolva no trabalho. Caso haja este compromisso de se engajar de forma correta no trabalho, então essa pessoa passa a fazer parte dessa família que está sendo construída e que pode gerar os seus próprios recursos para construção do sonho de cada um, que é um motor importante para o trabalho ser realizado.
A construção do meu sonho, mais forte, mais necessário, é fazer a vontade do Pai. Por isso a construção desta rede, desta família universal, passa a ser o meu sonho em si mesmo. Todos que se engajarem nessa rede, passam a fazer parte da minha família e para os quais devo dar a minha vida, como ensina o Evangelho, e como eu fazia no trabalho tradicional. Não vai ser possível fazer isso com quem não consegue se engajar de alguma forma com este trabalho, é um critério de exclusão. Mas isso o próprio Cristo advertia com relação ao Evangelho: “quando chegares a determinado lugar e não quiserem te receber, não quiserem ouvir ou seguir o Evangelho, bates a poeira de tuas sandálias e segues adiante”.
Esta é a minha nova revelação que passa a ser pública a partir da sua publicação neste espaço literário.