Interessante procurar saber como o mal pode se desenvolver e ameaçar todos os países do mundo. O que se passou na Alemanha Nazista sob o comando de Hitler e seus asseclas, abordado pela Netflix em uma série sob o título “Hitler’s circle of evil” serve como um bom campo para nossas reflexões.
LXVII
JANEIRO DE 1941
Com a resistência da Grã-Bretanha, o Führer decide que a União Soviética é a chave para a supremacia nazista na Europa. Ele vê que se derrotasse a União Soviética, teria muitos recursos para usar contra a Grã-Bretanha. Se derrotasse a União Soviética, a Grã-Bretanha não teria mais esperança na Europa e faria um acordo.
Para Göring, invadir a União Soviética enquanto a Grã-Bretanha ainda é ameaça é um suicídio estratégico, mas desde seu fracasso militar, sua credibilidade está baixa.
Para Göring, o Império Britânico é o inimigo crucial no momento. Ele deixa isso claro para Hitler, mas não o pressiona. Se ele pressionar, terá problemas. Já Himmler e Heydrich têm outro ponto de vista.
Em 22 de junho de 1941, a invasão à União Soviética, chamada de “Operação Barbarossa”, começa. Para Himmler e Heydrich, é a batalha que aguardavam, o confronto com a arqui-inimiga do nacional-socialismo.
O que acontece na evolução da ideologia nazista e de Hitler é uma fusão do bolchevismo e os judeus como uma ameaça conjunta. Então torna-se “bolchevique-judeu”. E o antissemitismo é bem forte quanto a isso.
O vasto território da Rússia oferece espaço vital ilimitado para o novo império alemão, e eles farão de tudo para conquista-lo. Essa guerra contra a União Soviética será basicamente diferente de todas as outras. Algumas regras que não podiam ser violadas não se aplicam à guerra ideológica que será travada na Frente Oriental.
Himmler prevê que milhões de eslavos russos morrerão de fome.
Talvez esta tenha sido a nossa sorte, a sorte do mundo livre não ter capitulado sob o Terceiro Reich, a raça pura superior a todas outras. Ter no comando totalitário um ignorante de estratégias militares, que não teve estudo suficiente para avaliar com lógica as condições militares que tinha na mão. Deixava se levar pelas emoções do momento e fazia impor sua vontade sobre pessoas mais capacitadas, com estudos superiores em estratégias militares e demais campos do conhecimento. Como transformar um aliado como a Rússia em adversário, em pleno fragor da guerra, com sinais de derrota em alguns campos, como na disputa aérea sobre os céus da Inglaterra? Mas não devemos ficar tão surpresos assim, pois aqui no Brasil, um completo ignorante do conhecimento, que tinha fobia a livros, ao alcançar o poder, conseguiu imprimir sua vontade a tantas personalidades de bom saber acadêmico e eclesiástico, tornando-os cumplices de seus crimes e que até hoje, mesmo ele estando afastado do poder, julgado e condenado como um ladrão, continuam jogando todo o peso das instituições onde tal meliante os colocou, para favorecer o crime, e de cujas consciências não sai nenhum sinal de existência ética.