Além das habilidades técnicas dentro da igreja, como por exemplo, o conhecimento bíblico, devemos desenvolver as habilidades emocionais para que possamos com a habilidade técnica ajudar o maior número de pessoas que estejam ou possamos colocar ao nosso alcance. A capacidade de adaptação é uma das mais importantes habilidades emocionais, e podemos praticar quatro maneiras de desenvolvê-la dentro de uma crise como a pandemia na perspectiva de ajuda ao próximo.
A primeira maneira de melhorar a capacidade de adaptação é mudar a maneira de pensar, o que é muito difícil. O cérebro tende a automatizar pensamentos e comportamentos, porque gasta muita energia quando necessita mudar. Ele se torna preguiçoso por necessidade energética. Como possuímos muitos paradigmas é interessante que passemos a questioná-los, pois podem ter sido criados de forma equivocada, lembrando aquela experiência com os macacos. Foram colocados 5 macacos em um recinto fechado com uma penca de bananas pendurada no teto e uma escada que podia alcançá-las. Quando um macaco começava a subir para alcançar as bananas, todos recebiam ducha de água. Aprenderam a não subir na escada por esse motivo. Quando se tirava um macaco e colocava outro que não passou pela experiencia, este tentava subir a escada e os outros batiam nele para evitar. Assim foram substituídos um a um cada macaco até que não tinha nenhum que passou pela experiência original. Mesmo assim, cada macaco novo que era colocado no ambiente era surrado quando tentava subir na escada, mesmo que nenhum dos que batiam nele tivesse tido a experiência original. Isso quer dizer que todos adquiriram um comportamento que viram ser realizado sem saberem o motivo. Adquiriram um paradigma sem base na realidade. Da mesma forma, podemos estar nos comportando com base em observações que não tem justificativa racional. Por isso importante questionar cada paradigma que possuímos para que possamos nos adaptar melhor à realidade mudando nossa maneira de pensar quando conveniente.
A segunda forma de melhorar nossa capacidade de adaptação é assumir riscos. O modelo de sociedade europeia é mais conservador do que a americana, quando comparados. Os europeus estudam exaustivamente determinada questão antes de tomar uma decisão, evitando qualquer erro. Os americanos exploram diversas possibilidades, mesmo que saibam que entre elas vão existir muitos erros. Eles assumem que errar faz parte do processo, criam uma cultura de assumir riscos, e se tornam mais competentes em criatividade e sucesso pragmático.
A terceira forma de melhorar a capacidade de adaptação é encorajar as pessoas que estão à nossa volta para ter uma mente mais aberta. O cérebro, como demanda muita energia, tende a ficar em repouso. Assim, cada vez que se falar com alguém sobre o que se deseja fazer, perguntar como se poderia realizar tal coisa de forma diferente, a neurofisiologia mostra que o cérebro procura caminhos neuronais conhecidos. Cada vez que tomamos uma decisão única, o cérebro registra como uma trilha. Pessoas que observam, tendem a seguir a mesma trilha, que evita o desgaste energético de abrir novas trilhas, e fortalece a original. É preciso fazer os liderados pensarem por si mesmo, evitando a trilha já aberta, questionando tudo que se faz, envolvendo mais pessoas, questionando o liderado pessoalmente, cada um consigo e com seus liderados, se aproximando a estratégia do marketing de multinível.
A quarta maneira de melhorar a adaptabilidade de cada um é adquirir ensinamentos através da formação, da curiosidade, da vontade de aprender, com livros, filmes, documentários, palestras, seminários, etc. Todo esse aparato deve ser socializado com a equipe, compartilhar o que se está aprendendo.