A crítica dos paradigmas que possuímos é interessante para garantir uma melhor adaptabilidade às crises que virão. Porém, a crença em Deus, no Seu poder criador, no envio do Seu filho mais evoluído entre nós para nos ensinar sobre o amor, e assim podermos limpar nossos corações do egoísmo, ficar transformado em cidadão do Reino de Deus e apto a formar uma família universal e o consequente Reino no ambiente social, não pode ser criticado. Este paradigma é central em minha vida e a minha curiosidade e vontade de aprender, serve para melhorá-lo em sua racionalidade e não criar uma facção para subverte-lo ou destruí-lo.
Tiago nos adverte no Evangelho que, se tivermos amarga inveja e sentimento faccioso em nossos corações, que não nos glorifiquemos por isso, nem mintamos contra a verdade (3:14).
Toda escola religiosa com base no amor divino, incondicional, apresenta valores inconfundíveis ao homem de boa vontade, que não esteja prioritariamente preocupado com seus próprios interesses.
Apesar dos abusos e iniquidades que vejo no sacerdócio, a exploração inferior do elemento humano e as fantasias do culto exterior, procuro manter meu coração sincero para que eu possa me beneficiar amplamente na fonte da fé, iluminando para aperfeiçoar cada vez mais a Consciência Divina
Em todo instituto religioso criado pelo homem e que tenho oportunidade de participar direta ou indiretamente, procuro evitar o perigo de desenvolver o sentimento faccioso que leva a intenção destruidora das mais altas e sublimes edificações espirituais. Lembro do movimento que já fiz dentro da Igreja Católica, Assembleia de Deus e agora dentro do Espiritismo. Desenvolvo minhas convicções que podem se afastar dos paradigmas da Igreja, do Templo, do Centro, mas respeito o que elas defendem e procuro aplicar o que aprendo e acho correto, sem procurar distorcer ou destruir os paradigmas ou dogmas das instituições.
Hoje observo o comportamento faccioso ocorrendo dentro da Igreja Católica e a defesa da fé e do magistério por alguns padres e leigos que percebem o que está acontecendo. Vejo o quanto já foi subvertido os padrões comportamentais ensinados pelo Cristo e perseverados até os dias atuais. Por que essas pessoas que pensam diferente não saem simplesmente da Igreja Católica e procuram fundar outra com base nos seus pensamentos discordantes? É isso que estou procurando fazer com a fundação da Escola Igreja Trabalho e Amor, para desenvolver o meu pensamento espiritual, religioso, sem querer destruí a fé ou instituição de quem pensa diferente.
Infelizmente, é muito grande o número de orientadores espirituais encarnados que se deixam dominar pelas garras facciosas, impedindo dessa forma uma boa aceitação da fé como integrante de nossos paradigmas.
Compreendo a paternidade divina sem nenhuma margem faccionista, preparado para resistir ao mal e reconheço que a diferença entre os homens se mede pelo esforço nobre de cada um.