Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
15/06/2021 00h14
OLAVO DE CARVALHO

            Digitado início de uma entrevista de um filósofo que conheci há pouco tempo, mas que seu pensamento impactou a minha forma de pensar o mundo, principalmente a política no Brasil e na geopolítica. Aconselho meus leitores, de qualquer tendência ideológica, procurarem as obras e o conhecimento desta figura tão seguida e tão combatida. Eu, particularmente, sintonizo com a quase totalidade do seu pensamento. Vejamos uma pequena ideia de sua forma de pensar...

            Vídeo de entrevista com Pedro Bial – Apesar de não ter sido formado na academia, ele se auto intitula filósofo. Mas também tem os títulos de jornalista, astrólogo aposentado, quase teólogo e polemista por excelência. Por isso talvez, os detratores, o chamem por títulos menos nobres como “bestalhão”. O nosso entrevistado de hoje é Olavo de Carvalho, autor de livros como: “Atistóteles: Em Nova Perspectiva” e o volume demolidor “O Imbecil Coletivo”. Como foi essa formação autodidata sua? Por que você não seguiu o caminho da academia para se formar como filósofo?

            OC – Bom, aí tem alguns esclarecimentos. Em primeiro lugar, “filósofo” não é um título acadêmico. Não existe título acadêmico de “filósofo”. Existe o título de doutor em Filosofia, bacharel em Filosofia, etc. Realmente não é nada de estranho que um filósofo brasileiro seja autodidata porque os maiores filósofos brasileiros foram autodidatas. 

            PB – Que autoridade você tem para atacar a própria academia? 

            OC – É simples: “Eu sou o sujeito que escreveu isto.” Não é necessário dar mais referências. 

            PB – Autoria é autoridade?

            OC – Evidente! Autoridade vem de autor. Eu fico até um pouco envergonhado pelos meus críticos, por eles levantarem esse tipo de objeção. 

            PB – Mas você esperava uma reação violenta também, não esperava? 

            OC – Violenta sim, mas não tão burra. No tempo em que quem estava no poder era a Direita, eu estava na esquerda como crítico. Agora eu acho que a Esquerda está num momento de ascenção. Eu, automaticamente, passo a olhá-la com olhos críticos.

            PB – A Esquerda está num momento de ascenção? 

            OC – Sem sombra de dúvidas. 

PB - No momento em que a alternativa socialista sofreu um colapso no mundo inteiro?  

            OC – Sem sombra de dúvidas. E aconteceu no mundo inteiro, mas eu não duvido que a Esquerda aqui no Brasil tenha uma grande esperança que isso aqui seja a terra onde vai haver um renouveau. Um renascimento. Eu acho essa esperança maluca, mas eu creio firmemente que eles têm essa ideia. E que tem um poder muito grande hoje, a gente vê sobretudo nos meios de comunicação, na universidade... isto por que? Porque a partir da década de 1960, foram adotando a estratégia gramsciana, que é de fazer a revolução cultural primeiro para fazer a revolução política depois. Então foram gradualmente ocupando espaços nas universidades, na imprensa, rádio, movimento eleitoral, etc. 

            Por esse pequeno trecho, acredito que motive o leitor a procurar conhecer um tipo de pensamento e comportamento tão polêmico e ao mesmo tempo tão agregado aos movimentos que se observa nas diversas atividades sociais, principalmente políticas, religiosas e acadêmicas.

Publicado por Sióstio de Lapa
em 15/06/2021 às 00h14