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19/07/2021 00h16
REVOLUÇÃO CULTURAL (10) – TUDO DEVE SER DISFARÇADO

            Esta é uma forte estratégia da guerra espiritual, pois conseguiu penetrar na Igreja Católica, a principal opositora do mal, e reverter o trabalho evangélico em sua pureza cristã. Vejamos o que diz o Padre Paulo Ricardo em sua aula publicada no Youtube em 04-01-2012, com 394 visualizações na data de 15-04-2021.

            Gramsci, então, compreendeu que era necessário destruir, era necessário trazer abaixo a cultura ocidental. Mas, que não haveria solução pelo caminho stalinista. Ele abominava o regime de força e de terror que Stalin havia implantado. Acreditava que a cultura europeia, aquelas três colunas: a ética judaico-cristã, a filosofia grega e o direito romano, precisava ser implodida, mas como? Lentamente... anonimamente... gradualmente. Essas coisas, para a técnica gramsciana, nada pode ser ostensivo, tudo deve ser disfarçado. Você deve administrar o veneno ao paciente e ele deve tomar aquilo todos os dias espontaneamente, achando que é remédio. Você deve dourar a pílula. Você tem que apresentar para a pessoa o veneno que irá mata-la, como se aquilo fosse o medicamento de sua salvação. Você precisa destruir a cultura em nome da dignidade do homem. Em nome da liberdade, você cria a ditadura. Em nome da dignidade do homem, você cria a destruição. Em nome dos direitos humanos, você cerceia os direitos. É isso o caminho gramsciano, importante desde o início. Existe uma propaganda, não existe uma realidade. Uma coisa é o que o marxismo cultural alardeia, outra coisa é o que ele realmente faz. Vou dar um exemplo, para não ficar só na teoria, e concluo esta primeira palestra. 

            A união homossexual. O casamento gay. Como é que se passa no congresso uma lei aprovando o casamento gay? Você faz com que juristas e juízes do Supremo Tribunal Federal assinem uma sentença reconhecendo a união gay como um direito. Como é que você consegue que esses senhores, que não são analfabetos, supõe-se, pois eles sabem ler a Constituição Federal e lá está escrito o que é família, constituída por homem e por mulher, como é que ele agora pega e rasga a constituição e interpreta que família pode ser dois homens, em nome da “dignidade”. Não podemos oprimir os homossexuais, eles têm direitos. Você é preconceituoso. Você não tem vergonha. Essas pessoas não têm culpa de serem homossexuais. Você prega o Deus da caridade, da tolerância, do amor, da fraternidade universal e depois querem excluir esses irmãozinhos... mas que raça de padre é você? Esta é a propaganda. Mas o que eles querem obter com isso? Eles querem obter a destruição da família. Porque para o pensamento marxista, a família é um valor burguês, é uma desgraça que deve ser destruída. Todo marxista odeia que exista uma família. Por que? Porque a instituição familiar é uma instituição baseada em duas coisas que precisam ser destruídas. Primeiro: a propriedade privada. Família significa que eu passo os meus bens para os meus herdeiros. Eu vou perpetuando a existência da propriedade privada. Segundo: família significa uma opressão patriarcal em que o macho é superior a fêmea. O homem é mais que a mulher. Não há igualdade. E uma terceira coisa para acrescentar: a instituição familiar perpetua a ética sexual burguesa da qual precisamos nos livrar. Então, quando você, coloca no mesmo nível de dignidade um casal de homossexuais, que claramente estão violando a ética burguesa cristã (nota de rodapé, leia-se, a ética burguesa somos nós). Então, dois homens juntos estão violando a ética burguesa, o patriarcalismo machista, chauvinista, ocidental. Dois homens juntos estão violando a perpetuação da transmissão da propriedade privada, pois homens não produzem filhos, herdeiros. O que eles querem? A propaganda, a dignidade do gay. Mas não existe movimento político-cultural na história da humanidade que tenha matado mais homossexuais que o comunismo. Perguntem aos cubanos quantos homossexuais foram levados ao “paredon” para serem fuzilados. Perguntem na antiga soviética quantos homossexuais foram levados aos gulags, aos campos de trabalhos forçados. O interesse de defesa dos direitos homossexuais não é absolutamente aquilo que os comunistas marxistas querem. O que eles querem é destruir a família. Mas é evidente que eles não vão chegar e dizer assim: escuta, pessoal, nós estamos aqui com um plano para destruir a família.  O plano é o seguinte... Eles não vão fazer isso, porque todo mundo vai se revoltar. Porque segundo eles, o povo está alienado, com o pensamento cristão tão arraigado, que é necessário que nós entremos na consciência do povo e tiremos esses valores cristãos à força, usando a própria linguagem cristã para isso. 

            Então, em nome da tolerância cristã, do amor cristão, da dignidade do ser humano, eles destroem a família. Essa é a propaganda. Se vocês querem saber quem é aquela pessoa, se ele é lobo ou se ele é pastor, se ele é um lobo com pele de ovelha, não leve em consideração o que ele diz de positivo. Considere sempre o trabalho do negativo, contra o que é que ele está lutando, o que ele está destruindo, o que ele está pondo abaixo. Aí vocês saberão o que é uma pessoa.

            Nesta primeira palestra, colocamos um pouco da visão panorâmica daquilo que é o movimento do marxismo cultural, que parte da realidade que Marx quer implantar uma sociedade nova, um paraíso aqui na Terra. Mas os meios precisam ser os culturais, diz Gramsci. Somente através da luta cultural é que se consegue implantar a nova sociedade, um novo mundo, porque os métodos antigos, da força armada, da revolução armada, de Lenin e de Stalin, não deram certo. Porque não se pode por um povo na camisa de força quando ele internamente está revoltado contra aquilo. Mais do que um “Big Brother”, do George Orwell, 1984, romance, seja uma autoridade estatal que está vigiando as pessoas o tempo inteiro, porque as consciências das pessoas continuam não aceitando aquele novo estado, aquela nova ordem. Mais do que “1984” de George Orwell, o que Gramsci propõe é o “Admirável Mundo Novo” de Huxley. Ou seja, as pessoas mudam por dentro, as pessoas precisam mudar internamente, aí teremos a nova sociedade. Aí teremos o novo mundo. É necessário, então, aculturar as pessoas, mudar a cultura delas. Muito cuidado quando ouvirem falar de inculturação. Inculturação é mais aculturação do que inculturação. Mas teremos tempo para falar disso mais tarde.

            Inteligência perversa, essa de envenenar toda cultura de um país, doutrinando alunos cujos pais e o próprio poder público não percebem a malícia. Até mesmo quando é descoberto a tramoia, como no caso da ideologia de gênero dentro das escolas do Brasil, observamos todo movimento de reação para manter a estratégia, com recursos sobre a mídia, a justiça e o legislativo. 

Publicado por Sióstio de Lapa
em 19/07/2021 às 00h16