Meu Diário
26/07/2021 00h24
REVOLUÇÃO CULTURAL (15) – BAGRE ENSABOADO

            Esta é uma forte estratégia da guerra espiritual, pois conseguiu penetrar na Igreja Católica, a principal opositora do mal, e reverter o trabalho evangélico em sua pureza cristã. Vejamos o que diz o Padre Paulo Ricardo em sua aula publicada no Youtube em 04-01-2012, com 394 visualizações na data de 15-04-2021.

            Vocês precisam aprender porque vocês (padres) apanham. Porque a gente acha assim... puxa vida! Não foram eles que disseram que o hábito não faz o monge, porque aqui o importante não é o hábito. Se o importante não é o hábito, me deixa em paz com minha batina, pois ela não é importante.

            Eu vou tranquilamente em reuniões de padres, onde 60, 70, 80 padres estão vestidos em manga de camisa, traje civil tranquilo... eu não me incomodo que os 70 padres estejam vestidos em manga de camisa, mas os 70 se incomodam que eu esteja com batina. Por que? Se o hábito não é importante... porque o hábito é importante! E o hábito faz parte do projeto, pois a guerra é cultural. Temos que entender que nunca as coisas são como estão sendo ditas. 

            Assim como eles não entram em debate com você, pois se eles entrarem na sua lógica, eles irão perder. Assim também é necessário que você entenda que é tempo perdido você entrar num debate com eles, de lógica aristotélica, tomista, porque esse debate não irá levar a lugar nenhum, porque o debate, aquilo que Platão chamava de dialética, que aqui não tem nada a ver com aquilo que Hegel chama de dialética. Porque a dialética clássica, filosófica, tem um pressuposto. Para que você entre num debate filosófico, existe um pressuposto: a honestidade moral dos debatedores. Ou seja, que as pessoas estejam buscando a verdade. Para eles não há verdade. 

Portanto, acho que todos nós já tivemos essa experiência infeliz de debater com um teólogo liberal, da Teologia da Libertação, que parece um bagre ensaboado. Quando você acha que o pegou, ele muda de opinião. Quando, por exemplo, ele começa dizendo... vamos imaginar que você usa uma batina e todos os compromissos que dela decorrem. Aí ele diz: “o que você esconde atrás dessa batina?” E começa a jogar a isca supondo que atrás da batina você esconde uma tendência homossexual, que você é homossexual enrustido e que na verdade você gosta de roupa e de exterioridades porque você é um hipócrita. Ai quando, no meio do debate, ele começa a notar que você está condenando o que você acaba de condenar, quando você começa a falar mal do homossexualismo, imediatamente ele começa a defender o direito dos homossexuais. Mas você, há cinco minutos atrás falava mal dos padres homossexuais...

Ou então você começa a fazer apologia do celibato, da necessidade da castidade, etc., e ele pula do outro lado dizendo que o celibato é uma instituição opressora. Mas não era você que me acusava há cinco minutos de não seguir o celibato e ser hipócrita? Ora, se você defendia o celibato há cinco minutos, porque agora você está dizendo que o celibato é o fim da picada?

Vejam que eles não têm a mínima dificuldade, com grande desenvoltura eles mudam de posição, porque tem que ser entendida a lição básica de Antônio Gramsci: não existe o bem e não existe o mal. O que existe é aquilo que ajuda a revolução e aquilo que atrapalha a revolução.

Engraçada a comparação do Padre Paulo do esquerdista com um bagre ensaboado, dentro de um debate. Quando ele percebe que está entrando em contradição, logo muda de opinião e passa a defender aquilo que acusava e vice-versa. Quem não tem a agudeza mental para observar essa instabilidade na coerência, na falsidade ideológica que se está expondo, passa a valorizar os gritos histéricos, as palavras de ordem que eles tentam dominar as plateias levando a reboque as suas claques para os locais de debate. Antes quando eu ainda continuava aliado a eles por força do interesse eleitoral dos meus companheiros partidários, eu já fazia crítica aos conchavos de pé de ouvido, longe da opinião pública, de ser levado aos locais de debate e eleição pública, ônibus cheios de pessoas para votarem, aplaudirem, levantarem cartazes e gritarem palavras de ordem sem nenhuma compreensão do real significado daquilo que faziam. Simplesmente obedeciam aos bagres ensaboados que funcionavam como maestros de uma ideologia que, inocente ou perversamente, faziam funcionar. 


Publicado por Sióstio de Lapa em 26/07/2021 às 00h24


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr