A mentira á a principal arma do demônio, a essência do mal, do egoísmo, e que, por paradoxal que seja, habita dentro de nós como um monstro chamado Behemoth, criado por Deus (Bíblia, livro de Jó), para cuidar de nossa existência material, da sobrevivência do nosso corpo. Portanto, podemos imaginar que a Verdade vem das esferas superiores, do divino, enquanto a Mentira vem de nossas entranhas instintivas, identificadas pelo egoísmo.
A Igreja Católica Apostólica Romana que foi criada por inspiração do Cristo, tendo Pedro como primeiro dirigente. Tem a missão de levar os ensinamentos do Mestre no tempo e no espaço, criando as condições a partir da limpeza do nosso coração, de construir a família universal, o Reino de Deus.
Sendo a missão do Cristo materializada até hoje com a missão da Igreja Católica, abre-se um campo de batalha entre a Mentira e a Verdade, entre o egoísmo e o altruísmo, entre o anticristo e o Cristo. Podemos ser enganados pela Mentira desde o berço, pois a inteligência do egoísmo é força natural dentro da mente animal, inclusive a humana. Devemos encontrar os fatos e argumentos que mostram a incoerência e hipocrisia da Mentira. Somente assim podemos tomar uma posição coerente com nossos propósitos, se tem a intenção de servir à Mentira ou a Verdade.
Dentro deste contexto, é inevitável que uma das responsabilidades principais da Igreja Católica, de todas aquelas que a compõem, seja a de apontar os erros, corrigi-los e apontar os caminhos da Verdade, da vida, como Jesus demonstrou com o próprio sacrifício até o auge na cruz.
Caso a Igreja não cumpra essa importante função cristã, divina, de denunciar os erros e passe a aceitar os erros no corpo da Igreja, então esta irá se deteriorar, perderá sua função cristã e a Mentira terá assim o caminho desimpedido para a vitória do Anticristo, como observamos hoje, em pleno século 21, cinco séculos após a construção do Catecismo Romano inspirado pelo Concílio de Trento convocado em 1545.
O Concílio Vaticano II, convocado em 1961, evitou exercer essa importante função de apontar erros e corrigir a Mentira. Dessa forma, membros da Igreja Católica passaram a aceitar as falsas narrativas da Mentira, se fortalecendo ao passar das décadas, e com isso desvirtuar os ensinamentos do Cristo, abrindo espaço para o Anticristo reinar dentro da própria Igreja que no passado era a sua principal opositora.