Recebi o texto abaixo pelas redes sociais e achei interessante reproduzir aqui para fazermos uma reflexão espiritual.
TRABALHE EM SOLIDÃO
Um dia, uma pessoa subiu a montanha onde se refugiava uma mulher eremita que estava meditando e perguntou-lhe:
- O que você está fazendo nessa solidão? Ao que ela respondeu:
- Eu tenho um monte de trabalho.
- E como você pode ter tanto trabalho? Não vejo nada por aqui ...
- Tenho que treinar dois falcões e duas águias, tranquilizar dois coelhos, disciplinar uma cobra, motivar um burro e domar um leão.
- E onde estão eles que não os vejo?
- Eu os tenho dentro. Os falcões se lançam sobre tudo que vem pela frente, bom ou ruim, tenho que treiná-los para pular em coisas boas. Eles são meus olhos. As duas águias com suas garras machucam e destroem, eu tenho que ensiná-las a não causar danos. Eles são minhas mãos. Os coelhos querem ir para onde querem, não para enfrentar situações difíceis, tenho que ensiná-los a ter calma mesmo que haja sofrimento, ou tropeço. Eles são meus pés. O burro está sempre cansado, é teimoso, não quer carregar sua carga muitas vezes. É meu corpo. O mais difícil de domar é a cobra. Embora ela esteja trancada em uma gaiola forte, ela está sempre pronta para morder e envenenar qualquer pessoa ao seu redor. Eu tenho que discipliná-la. É minha língua. Eu também tenho um leão. Oh ... quão orgulhoso, vaidoso, ele pensa que é o rei. Eu tenho que domá-lo. É meu ego. Eu tenho um monte de trabalho. E você trabalha no que?
Esse texto não veio com autoria, mas acredito que o autor fique contente em saber que ele está servindo para uma reflexão produtiva, edificante.
Essa comparação dos nossos instintos e desejos com vários animais, lembra a figura do Behemoth, o monstro bíblico que Deus criou dentro de nós para garantir a sobrevivência do corpo frente as intempéries da vida. O autor do texto distribuiu cada motivação animal que existe naturalmente dentro de nós, com as características de diversos animais: falcões/olhos; águias/mãos; coelhos/pés; burro/corpo; cobra/língua; e leão/ego.
Se formos colocar cada uma dessas características em um só animal, então criaremos o monstro. É ele que vive energeticamente dentro de nós. É ele que temos que trabalhar diuturnamente para o domesticar. Caso ele não sofra essa domesticação desde a nossa fase de criança, ele irá se manifestar comportalmente, mesmo que na estética tenha a figura humana, mas não de um monstro. Pode ter uma bela silhueta, boa vestimenta, mas as atitudes serão monstruosas e muitas vezes camufladas pelas mentiras.
O mundo e particularmente o Brasil, estão cheios desses monstros em todos os níveis administrativos, públicos e privados. Nós, povo, sofremos os efeitos malignos de tais monstros, que se encastelam nas instituições mais importantes para o nobre convívio humano.
A única saída para nos livrar de tais monstros mitológicos, mas reais, é ser prudentes e críticos quanto as narrativas que são apresentada, pois são as mentiras embutias dentro delas que servem como algemas e correntes a nos fustigar como escravos de construção de fortunas criminosas.