Dentre as lições que o Cristo nos trouxe há dois mil anos, encontra-se a formação da Família Universal como condição básica para construirmos o Reino de Deus, a partir da reforma íntima, da limpeza de todo egoísmo pernicioso que possa existir dentro do coração. Eu absorvi essa lição como a principal missão do Cristo entre nós, e que eu deveria praticar o que ele ensinou com a maior honestidade possível, dentro dos mais diversos relacionamentos que as circunstâncias de vida possam me oferecer.
Consegui tirar todo o poder do amor exclusivo que existia dentro da minha família nuclear, com a prática do amor incondicional, e passei a dar visibilidade prática a uma família ampliada, pré-requisito para a construção da família universal.
Vivendo dentro da família ampliada passei, agora por um fenômeno que havia passado antes, mas sem a conotação que posso dar agora, e que considero como uma gestação espiritual.
Devido o avançar da minha idade, 69 anos, a queda hormonal fisiológica diminuiu o potencial da fertilidade, e gerar um filho nestas circunstâncias se tornou mais difícil. Minha companheira reconhece a dificuldade e se conforma com a condição. No entanto, os caminhos de Deus não estão propensos às minhas decisões ou antecipações. Apenas sinto quando Ele me aponta um caminho e tento segui-lo, procurando fazer sempre a Sua vontade, de acordo com o que surge na minha consciência.
Dessa forma, percebi logo que o Pai me apontava um novo caminho, quando recebi de um parente no nível de filho, da família ampliada, o convite de ser o padrinho do seu filho que irá nascer no próximo mês de setembro. Aceitei sem vacilações, pois entendi de imediato a provocação de Deus, como Ele sempre faz, ao me apontar um novo caminho. Caso eu rejeitasse, eu estaria colocando em cheque tudo que fiz até agora, e que digo que estou disposto a fazer com uma amplitude cada vez maior, em busca da família universal. Este meu afilhado vai nascer na condição de neto espiritual.
Mas tem outra conotação espiritual que assoma à minha consciência. Este afilhado biológico que irá nascer, pode ser o filho espiritual que não posso gerar biologicamente, naturalmente. Dessa forma, o raciocínio entra na sintonia da vontade do Pai, que este filho seja preparado espiritualmente por mim, com toda a sintonia com a consciência do Pai, para que ele possa fazer o que biologicamente nem eu nem seu pai biológico tem condições de fazer, em pleno período de ascenção do poder do Anticristo, que irá reinar na Terra como está previsto na Bíblia. No entanto, o Reino de Deus deverá prevalecer, como as profecias ensinam e como o Cristo referendou.
A consciência cristã deve prevalecer e se fortalecer cada vez mais, mesmo dentro do tumulto e perseguições que o Anticristo irá proporcionar. As lições do Evangelho deverão ser ensinadas e aplicadas em sua pureza, com aproximação cada vez maior com o que o Cristo quis nos ensinar há dois mil anos. Devo procurar a essência da sabedoria do Mestre, interpretando as diversas formas que tanto ele como o Pai continuam a ensinar à humanidade, usando principalmente os espíritos mais sintonizados com Sua vontade. Essa essência deverá ser ensinada ao espírito que irá encarnar no corpo deste meu afilhado biológico/filho espiritual, sabendo da prevalência material do seu pai biológico e a prevalência espiritual de nosso Pai comum.
Rogo a Deus que me dê aquilo que não consigo alcançar, sabedoria, inteligência rápida e coragem, para fazer a Sua vontade e não a minha. Coloco aqui uma promessa, que nem seria necessária, mas que mostra minha honestidade no pedido que faço: caso eu alcance a graça do pedido e não cumpra a vontade do Pai como condição para ser atendido, que todos os benefícios sejam retirados e que eu retorne aos primeiros graus de minha educação espiritual.