Paulo escrevia em Atos, 2:42, que as pessoas que ouviam falar de Jesus, perseveravam na doutrina dos apóstolos do Cristo e na comunhão e no partir do pão e nas orações.
Esta é uma chave importante para a nossa vontade permanecer dentro de um foco comportamental escolhido como importante, como foi o caso das pessoas que ouviam os apóstolos do Cristo. Mas, ontem como hoje, continuam a existir os apóstolos do Cristo e as pessoas que os ouvem. Mas parece que os ouvintes atuais, até mesmo os apóstolos atuais, não perseveram na fé, parece não acreditarem que o Mestre veio até nós entrando na carne humana, que suas lições apontam um caminho a seguir em encontro com o Pai, que também parece não acreditarem na Sua existência. Acreditam que a época das revelações sublimes esteja morta, que as portas celestiais permanecem cerradas para sempre.
Não tenho o costume de fazer comentários entusiasmados, como se divisasse um paraíso perdido, os resplendores dos tempos apostólicos, quando um pugilo de cristãos renovou os princípios seculares do mais poderoso império do mundo.
Estou aprendendo que o Céu é uma realidade e dele surge a fonte das dádivas e que tenho que me capacitar para receber, conhecer minha missão e estar apto para realiza-la. Preciso ter coragem para colocar na prática aquilo que já percebo como correto e necessário.
Onde está em mim a coragem que revestia corações humildes, à frente dos leões do circo? Onde está em mim a fé capaz de colocar afirmações necessárias a construção da família universal? Onde está em mim os sinais públicos das vozes que recebo intuitivamente?
As oportunidades que o Pai nos oferece continuam fluindo incessantemente sobre a Terra, como forma de chuva fininha, garoa, ou como tempestade da qual devemos nos abrigar, mas sem jamais deixar de considerar a mensagem que é transportada. A misericórdia do Criador continua a mesma com aqueles que são fracos ou erram e pedem as oportunidades que precisam. A Providência Divina é invariável em todos os tempos.
Minha atitude na atualidade ainda é muito diferente. Tenho dificuldade de perseverar com a presença de Deus em mim, sigo algumas vezes o ponto de vista dos outros, fortaleço a raiz do egoísmo e raciocino sem iluminação espiritual.
A bondade do Senhor é constante e imperecível, por isso tenho que ser perseverante, naquilo que acredito agora, na direção que quero tomar, e não desviar do caminho que o Pai sempre me oferece.
Preciso verificar se estou apenas aplaudindo os heróis da fé e sempre recaindo na volubilidade dos homens, deixando de seguir o caminho imutável do Cristo.