O Meritíssimo Juiz (J) inicia a sessão do julgamento que terá início numa sala virtual, administrada pelo escritor deste diário, com o compromisso de fazer a organização e contribuição de todos os participantes, tanto os fictícios que estão presentes na sala, quanto os reais que estão ausentes e assistindo (lendo) de forma virtual pelas vibrações da internet. Todos terão o mesmo poder de intervenção na trama da história, sendo que os participantes virtuais, fictícios, serão conduzidos pela imaginação do autor, escritor, enquanto os demais podem entrar na história com os comentários, críticas e sugestões que possam encaminhar ao autor.
J – A sessão está aberta. Todos os presentes queiram seguir os tramites legais que eu, pela autoridade que o Estado me concede, deverei conduzir na melhor forma, para atingir os princípios da verdade, principal conselheira da justiça, da qual sou o legítimo representante. Queira o senhor Promotor (P), representante do Estado, apresentar o caso que iremos julgar.
P – Meritíssimo Senhor Juiz, caros colegas aqui presentes, senhores jurados. Venho aqui apresentar um caso de clara deturpação dos valores do Estado, da cultura, da tradição, da ética e dos valores cristãos que tanto aceitamos, com sério prejuízos para a família e sofrimento individual para tantos quantos se vejam envolvidos por essa trama diabólica, que este Réu (R) aqui presente, desenvolveu e desenvolve até hoje de forma clandestina. Espero que seja demonstrado com este julgamento, a nocividade desse indivíduo para os valores éticos de nossa cidadania e a exploração moral e emocional que ele submete suas vítimas. Espero que os Jurados (Ju) aqui escolhidos reconheçam o perigo que esse indivíduo representa para a sociedade e exija a pena máxima desta Corte.
J – Agradeço o esclarecimento dos objetivos deste julgamento pelo Senhor Promotor e chamo o senhor Advogado Acusatório (AA) para fazer suas alegações iniciais.
AA – Meritíssimo Senhor Juiz, senhores jurados... fui contratado pela família das vítimas, e principalmente pela primeira Vítima (V1), para exigir do Estado a pena máxima para esse criminoso que tanto mal está causando dentro da sociedade e que pode se expandir de forma incontrolável pelas mentes pouco instruídas da maioria dos nossos cidadãos, e que se deixam encantar por propostas utópicas de interesse individual, egoísta.
J – Agradeço o esclarecimento do senhor Advogado Acusatório, sobre o papel que representa nesta corte, em nome dos familiares que se sentem prejudicados pelo comportamento bizarro do Réu. Chamo agora o Senhor Advogado Defensivo (AD) para fazer suas alegações iniciais.
AD – Meritíssimo Senhor Juiz, senhores jurados... senhores presentes nesta sala virtual e por todas as formas de conexão vibratória ao caso que vamos apresentar, estudar e principalmente, aprender. Estou aqui na condição de Advogado Defensivo do Réu que conheci sua historia através da mídia e redes sociais. Sabendo que ele estava preso e aguardando julgamento, sem querer defesa constitucional a qual tem direito, por alegar que seu defensor já está determinado a nível transcendental, fiquei curioso e procurei um momento de falar com ele. Percebi que, além do que foi e está sendo colocado pelas vias de comunicação, o mal que está sendo apontado tem por fundo e essência uma finalidade nobre, honesta e corajosa. Fiquei impactado com essa percepção que tive e cheguei a implorar que o Réu permitisse que eu fizesse sua defesa, que com certeza seus defensores espirituais não iriam ser contrários, e talvez tenham sido eles que me colocaram nessa posição, para que eu possa colocar dentro da técnica que a corte exige, os fundamentos de um comportamento que nossa cultura aparentemente nobre, mas tão deturpada em suas práticas, familiares, religiosas, financeiras, acadêmicas, e em quaisquer níveis, se mostram, tão hipócritas e até corruptas. Portanto, este é o meu papel neste julgamento. Defender a pessoa que coloca em prática um ensinamento feito há 2.000 anos pelo enviado de Deus, Jesus, o Cristo: a construção do Reino de Deus, através da abertura da família nuclear para a família ampliada até chegar o nível de família universal. Mostrar que ao invés de ser um ato nocivo como o Estado quer incriminar, este é um dos atos mais necessários para que possamos alcançar um patamar de relacionamentos interpessoais evoluído em relação a nossa sintonia com o Pai comum. Esta é a minha posição e objetivos.
J – Obrigado, senhor Advogado Defensivo. Queira o Réu se colocar como inocente ou culpado das alegações do Estado quanto a sua prática perversa de prejudicar a terceiros e levar a sociedade ao caos do permissivismo moral, antissocial, e principalmente, sexual?
R – Inocente.
J – Encerramos aqui esta primeira sessão e começaremos a próxima com as alegações da acusação.