A mãe, aparentemente tão frágil na condição de mulher, pode demonstrar grande heroísmo em suas ações, tão discretas quanto importantes, tanto no contexto coletivo quanto no individual.
Vejamos o exemplo de Maria de Nazaré, a que foi prometida para ser a esposa do viúvo José. Antes do casamento, ela foi visitada por um anjo que lhe dizia que tinha sido escolhida para gerar uma criança pela vontade de Deus. Sem titubear ela disse que o Criador fizesse em si conforme fosse Sua vontade, mesmo sabendo que iria gestar um filho sem a participação de nenhum homem biológico, principalmente do seu noivo, José. Sabia que iria ser difícil explicar essa condição para seus pais, mas principalmente para José, o seu noivo, que não lhe conhecia tanto quanto os seus pais. Mas enfrentou com heroísmo essa condição, mesmo sabendo que poderia ser morta por apedrejamento, caso o seu marido, com fúria justa para a época, a acusasse perante o sinédrio.
O seu ato de heroísmo não foi percebido por nenhum dos seus vizinhos, por nenhum conterrâneo. Ela mesma se encarregou de confessar aos principais interessados, seus pais e o seu noivo. Sofreu a compreensão dos pais, pois eles a conheciam bem e sabiam que ela era incapaz de mentir, que sempre se comportara como uma filha obediente e temente a Deus. Porém, o seu noivo a repudiou de imediato, mesmo que não tivesse intenções de lhe acusar para ela sofrer a pena do apedrejamento, como era praticado naquela cultura, contra a mulher que traísse a confiança do seu marido.
Após ter passado por todas essas dificuldades com a maior discrição possível, ninguém naquela vila onde moravam sequer imaginavam que ela estava gestando o filho de Deus, conforme o anjo anunciara para si e o seu noivo. Devido a esse heroísmo discreto de Maria, Jesus veio ao mundo material para ensinar o que Deus pediu para Ele, sobre o amor incondicional, a forma da construção do Reino dos Céus.
Agora, hoje, ao meu alcance, 2.000 anos após o caso de Maria, a virgem santíssima, sou testemunha de heroísmo parecido, sem o glamour que havia em Maria, por ser a mãe do filho de Deus.
A mulher cujo heroísmo testemunhei, teve um elemento extra que Nossa Senhora não teve. A mulher de hoje estava totalmente indiferente aos projetos de Deus em sua vida. Gerou um filho e cujo momento de lhe dar entrada ao mundo material, para lhe dar à luz aqui fora do útero, luz que não existia dentro do útero. Ao dar a luz ao seu filho neste ato, a influência do cosmo em sua vida, conforme diz os estudiosos do horóscopo, iria nascer no último dia do signo de Virgem, 22 de setembro.
Porém, Deus havia designado para o filho dessa mãe uma missão que se adaptava melhor ao signo de Libra. Ela não recebeu nenhuma instrução diretamente dos anjos, como aconteceu com Maria de Nazaré, mas intuitivamente ela sentia que o parto devia ser retardado até passar do dia 22 para o dia 23, deixar seu filho de ser o último virginiano para ser o primeiro libriano nascido nesse dia.
Ela chegou à maternidade na manhã do dia 22 e falou para o médico que preferia um parto normal, deixou de decidir pelo parto cesariano, que seria mais rápido e menos doloroso. Dessa forma teria o seu filho virginiano, e ninguém poderia lhe criticar por essa decisão, pois havia motivo clínico para o parto ser dessa forma.
Apesar de tamanhas dores, ela resistiu, anonimamente, até que o seu filho teve condições de emergir para o mundo material sob a influencia de Vênus, o planeta do amor e da justiça, e que agora esse planeta, Vênus, seria o seu regente cósmico no mundo do horóscopo, das influências cósmicas que regem a nossa vida. Seu filho agora está sendo regido por Libra, o mesmo signo do apóstolo João, o bem-amado de Jesus, que acolheu a mãe do Mestre e ficou com ela até a data do seu desencarne e ascenção ao Céu, seguindo o caminho do seu filho, o mestre Jesus.
Eis mais um exemplo do heroísmo discreto de tantas mulheres, cuja missão coletiva foi dada por Deus, para serem o portal por onde novas almas entram cotidianamente no mundo material.
Ave Marias!