Ontem foi meu aniversário. Completei 69 anos e hoje é o primeiro dia dos meus 70 anos. Senti a presença do Pai durante todo o dia, inclusive durante a madrugada quando eu estava dormindo. Ele observou como eu iria reagir aos sonhos que acontecia.
Eu estava na casa dos meus irmãos na Zona Norte e iríamos jogar baralho em outra casa, um pouco mais distante. Já tinha um pessoal nessa casa nos esperando. Ao sair da casa do meu irmão para a outra casa, onde já estava minha primeira ex-esposa, que é muito crítica do meu comportamento, descobri que o meu carro foi danificado. Algum ladrão começou a roubar peças, inclusive a capota. Mas consegui entra no carro e dirigir. Ao passar próximo a uma favela, descobri um carrinho de mão com as peças do meu carro. Parei e fui acusar o roubo e a danificação que fizeram no meu carro. O ladrão respondeu de forma cínica e eu disse que iria acionar a polícia. Saí para informar os meus irmãos deixando o carro lá, e quando voltei o meu carro tinha sido todo desmontado e os ladrões ficaram ironizando, que eu deveria levar o que restou do carro que estava sobre uma plataforma de metal. Pensei que se tivesse com o revólver que estou comprando, poderia dar um tiro no sorriso irônico do ladrão. Mas pensei nas lições evangélicas e imaginei que esses bens materiais são supérfluos, que o mais importante são os valores espirituais que podemos conquistar. “Se alguém rouba um casado que lhe dê o segundo”, é a essência da lição. Eu deveria encontrar uma forma de ajudar a colocar o ladrão no bom caminho, mesmo com o prejuízo material e a agressão moral que estava sofrendo. Da mesma forma, quando cheguei na casa dos amigos e encontrei minha ex-esposa, ao invés de reagir agressivamente ás suas críticas costumeiras, fiz um gesto de apaziguamento e acolhi com ternura seus sentimentos de revolta. Acredito que o Pai ficou satisfeito comigo.
As 5 horas acordei e fui caminhar na praia. Encontrei um casal com uma cadela da raça labrador e abordei-os para saber do interesse de cruzar com o labrador que tenho sob guarda. O casal concordou, mas não tínhamos como registrar nossos telefones para marcar o momento de levar para o cruzamento. Dei a ideia deles colocarem o número deles no condomínio do meu apartamento quando tivessem oportunidade. Mais uma vez acredito que o Pai tenha ficado satisfeito comigo, tomei a iniciativa de criar relacionamentos.
Quando já estava voltando da corrida na praia, notei que um barraqueiro estava colocando suas mesas e cadeiras na beira da praia e tomei a iniciativa de abordá-lo para falar sobre a possibilidade de parceria comercial e de participação da AMA-PM. Pedi para ele ligar par meu celular, pois quando eu chegasse em casa faria contato para acertar o dia que pudéssemos nos encontrar. Mais uma vez o Pai deve ter ficado satisfeito, pois venci minha dificuldade de abordar as pessoas desconhecidas para falar de qualquer assunto.
Ao terminar meus trabalhos de rotina, passei na Padaria para comprar pão d’água e para usar a noite na ceia. Tinha um rapaz na porta pedindo que eu comprasse qualquer coisa pra ele. Comprei um bolo e dei a ele na saída. Perguntei pelo seu nome, disse que era Rodrigo, e falei que era meu aniversário e estava dando um bolo por esse motivo. Agradeceu com o olhar festivo. Mais uma vez o Pai deve ter ficado satisfeito comigo.
Ao voltar para casa passei pelo teste dos semáforos. Sempre tenho a maior dificuldade de colaborar com as pessoas que sempre estão à busca de alguma moeda, sempre imagino alguma coisa errada que eles estão fazendo e que eu posso estar contribuindo com iniquidades. Por outro lado, o sentimento da caridade sempre vem a minha mente, que eu não devo ser juiz de ninguém e que devo exercer a caridade a que pede. Lembro da personalidade justiceira do Arcanjo Miguel e da misericórdia do Cristo. Sou em primeiro lugar discípulo do Cristo, portanto a misericórdia deve ser a primeira para aqueles que levantam a mão a pedir. Assim, procurei atender a todos que encontrava. Dei balas a uma criança, gratifiquei um rapaz que limpou o para-brisas do carro e comprei um pacote de biscoito a outro. Acredito que o Pai também tenha ficado satisfeito.
A tarde, 17 horas, aconteceu o primeiro dia do curso de espiritualidade. Acredito que isso tenha sido organizado para o Pai, para dizer mais uma vez sobre a importância da minha missão dentro da espiritualidade.
A noite foi organizado um jantar entre os amigos, e fiz uma reflexão evangélica evocando a Santa Ceia patrocinada pelo Cristo na véspera da Sua crucificação. Usei o vinho e o pão como entrada para o jantar. Considero como uma Nova Ceia, onde todos os participantes, homens, mulheres e crianças, todos conhecem Jesus e suas lições, e que Ele espera que nós agora coloquemos em prática.