Quantos espíritos reencarnam na Terra! A maioria com o objetivo de expiar os delitos de outras vivências ou passar por provações necessárias à sua evolução, afinal este é o planeta com essa finalidade: provas e expiações.
Alguns espíritos vêm com uma missão definida e reconhecida como aconteceu com Huberto Rohden, 1893 (São Ludgero, SC) – 1981 (São Paulo-SP). Suas últimas palavras em estado consciente foram: “Eu vim para servir a humanidade”.
São espíritos encarnados, deste feitio, que cumprem a vontade do Pai, que formam a família universal como o Cristo ensinou. Portanto, eu olho para a foto dele e o considero como um parente, com mais afinidade da que tenho com o meu pai biológico.
Huberto deixou 65 livros escritos que considero conselhos de pai para filho, principalmente “O Sermão da Montanha”. Ele considera este livro como a plataforma que Jesus ensinou para nos capacitar a ser cidadãos do Reino de Deus.
Já tenho muita informação de como ser este “cidadão do Reino de Deus” e tento praticar. Procuro purificar o meu coração do excesso de egoísmo e praticar ao meu redor atos de caridade como expressão do Amor Incondicional, abrindo cada vez mais o leque de fraternidade, da família nuclear para a família ampliada, em direção a família universal.
Huberto, como membro da minha família universal, que tem como membro mais velho o próprio Jesus e o Pai comum de todos nós, teve como sua missão servir à humanidade, afinal o sol brilha para todos, mas principalmente para àqueles que, como eu, procuram fazer a vontade divina.
A minha missão também é de servir a humanidade. Huberto deixou seus 65 livros escritos com esse objetivo. Eu estou registrando na forma de diário, na internet, com acesso a todos, há quase 10 anos, as minhas impressões sobre a vida, como é o meu pensamento e o meu comportamento dentro das dificuldades de ser um cidadão do Reino de Deus coerente com o que Cristo ensinou. Chego a me considerar como uma cobaia, um ratinho de laboratório, mostrando para os irmãos que também querem fazer a vontade do Pai, como é difícil, mas também promissor este caminho.
Agora, Huberto mostra mais uma forma com a qual posso consolidar o meu passaporte de “cidadão do Reino de Deus”, refletindo sobre “O Sermão da Montanha” que o Cristo proferiu há mais de 2.000 anos nas colinas de kurun Hattin, ao sudoeste do lago de Genesaré. Este Sermão foi registrado por Mateus nos capítulos 5, 6 e 7 do seu Evangelho. É um claro convite e um permanente desafio para o ser humano realizar o seu potencial espiritual.
Em “O Sermão da Montanha” Huberto analisa os principais ditos de Jesus. Faz um estudo analítico-filosófico das Bem-Aventuranças e acrescenta um pequeno texto, “aconteceu entre os anos 2.000 e 3.000” cujo conteúdo complementa a mensagem do Sermão. Representa um programa de mística divina e de ética humana visando a total realização do homem.
Logo de início vem as 8 beatitudes onde o Mestre proclama felizes precisamente àqueles que o mundo considera infelizes: os pobres, os mansos, os puros, os misericordiosos, os que têm sede de justiça, os pacificadores, os tristes e os perseguidos. Esta distinção entre felicidade e gozo, entre infelicidade e sofrimento, vai através de todo o Evangelho do Cristo, e só pode ser compreendida para aqueles que despertaram para a realidade do seu Eu espiritual.
O “Sermão da Montanha” representa o mais violento contraste entre os padrões do homem profano e o ideal do homem espiritual. Para compreender tão grandiosa sabedoria deve o homem ultrapassar os ditames do seu intelecto analítico e abrir a alma para uma experiência intuitiva. O homem profano acha absurdo amar os que nos odeiam, fazer o bem aos nossos malfeitores, ceder a túnica a quem nos roubou a capa, sofrer mais uma injustiça em vez de revidar a que recebeu – e da perspectiva do homem mental ele tem razão. Mas a mensagem do Mestre é um convite para o homem se transmentalizar e entrar numa nova dimensão de consciência, inédita e inaudita, paradoxalmente grandiosa.
Não adianta somente analisar esse documento máximo da experiência crística. Só o compreende quem o viveu e vivenciou. Para preludiar o Reino de Deus sobre a face da Terra, é necessário que cada homem individual realize dentro de si mesmo esse reino; que reserve cada dia, de manhã cedo, meia hora para se interiorizar totalmente no seu Eu Divino, no seu Cristo Interno, pela chamada meditação.
Durante a meditação devo me esvaziar de todos os conteúdos do ego humano sem nada sentir, sem nada pensar, nada querer, expondo-me incondicionalmente à invasão da plenitude divina. Onde há uma vacuidade acontece uma plenitude. Se fico vazio de mim, serei plenificado por Deus.
Mas não devo me iludir. Se fico 24 horas plenificado pelas coisas do ego – ganâncias, egoísmos, luxúrias, divertimentos profanos – não posso esvaziar-me, desegoficar-me em meia hora de meditação. Fazendo assim, fico iludido em uma mística em mim mesmo por um misticismo estéril. É indispensável que eu queira fazer uma meditação fecunda e eficiente, que eu viva habitualmente desapegado das coisas das coisas supérfluas e me sirva somente das coisas necessárias para uma vida decentemente humana. Luxo e luxúria são lixos e tornam impossível uma vida em harmonia com o espírito do Cristo e do Evangelho.
Se quero ser crístico, não apenas cristão, necessito viver uma vida 100% sincero comigo mesmo, e não me iludir com paliativos camuflagens que encubram a verdade sobre mim mesmo.
Sim, Huberto, vou aprofundar o meu conhecimento em mim mesmo, seguir as lições do Mestre Jesus e dos Espíritos Santos e realizar-me frente ao Pai.