Irei colocar neste espaço de forma fracionada a apresentação do Prof. Sérgio Luiz Morelhão, Professor de Física aplicada da USP, que tenta fazer essa aproximação da Física Quântica com a Neurociência. Este trabalho foi publicado no YouTube em 24-09-2020 e foi visto em 10-11-2021. Contava com 25.289 visualizações com 748 reações positivas e 24 negativas.
Começou o Iluminismo, a hora que o pessoal começou a fazer ponderações baseadas na razão. O grande ser humano dessa fase, que deu um grande início, foi o Isaac Newton, que tinha um superpoder de observação e dedução. Ele pegou o trabalho de Galileu, estabeleceu as leis do movimento e mais do que isso, ele conseguiu intuir a força da gravidade, que tinha uma força para os corpos serem atraídos, e a partir disso, juntamente com a lei do movimento, fez a lei da gravitação universal.
Ele entendeu, por exemplo, se você atira um objeto de sobre um morro, dá um tiro de canhão, e conforme a velocidade da bala, chega uma hora que ela tem tanta velocidade que ela não vai mais atingir o solo, ela vai entrar em órbita.
Assim, veio a ideia que os corpos celestes se movem graças a força da gravidade. Só que tem uma coisa na introdução do Newton, na teoria dele, nas leis do movimento, é que os corpos tem uma trajetória determinista. Ou seja, se você souber a posição e a velocidade inicial dos corpos e a força que eles exercem entre si, toda a trajetória deles é determinada.
Isso criou uma ideia de determinismo e produziu uma dicotomia na ciência. Porque tudo se movia a partir de uma condição inicial, todo movimento era previsível, e não tinha mais lugar para a mitologia, achar que Deus influencia no movimento dos planetas, da chuva e principalmente no comportamento humano.
Assim começou as ciências naturais, basicamente as ciências exatas, e ciências humanas.
QUADRO
Século 17
Sir Isaac Newton 1687 – Leis do movimento, força da gravidade, leis da gravitação universal
Determinismo (trajetória dos corpos)
Dicotomia das ciências: naturais/humanas
Esse ponto do Iluminismo é bem interessante para aplicarmos nosso sentido crítico sobre alguma narrativa. Então, por ter sido descoberta várias faces de uma realidade que estava obscura para humanidade, isso merece o nome de Iluminismo. Posso até compactuar dessa euforia inicial do poder de inteligência do homem (e da mulher, para atender aqueles que não querem que citando somente o gênero masculino eu não possa caracterizar o gênero humano. Tomara que mais adiante eu não seja obrigado a colocar todo o espectro LGBTQIA+... desculpem pelo parêntesis, mas não pude resistir a essa crítica da redundância que sempre vejo sendo repetida de colocar homens e mulheres para representar o gênero humano, com se colocasse somente homem ou somente mulher fosse uma desonra para quem não fosse citado.), mas deslocar um poder superior, com características de sabedoria suprema, que pode receber o nome de Deus, Tupã, Buda, Odin, etc para a inexistência acredito que seja muito ousadia de uma pretensa sabedoria humana.
Fica claro que as descobertas da ciências nos trouxe muitos benefícios, mas isso não quer dizer que tenhamos chegado a um nível de sabedoria que abranja todo o universo e que nada mais possa ser descoberto. Pelo contrário, quanto mais descobrimos verdades, mais o horizonte da ignorância de mostra mais claro a nossa frente, e por mais que a gente caminhe em direção a ele, ele mais se afasta e se amplia de nós.
Assim, podemos descartar um poder superior frente a tanta ignorância que ainda possuímos?