Encontrei uma palestra no YouTube “A Nova Face do Comunismo Ameaça o Brasil e o Mundo – Sínodo da Amazônia e Tribalismo”, publicada em 17 de outubro de 2019, com 16.999 visualizações nesta data, 24-11-21, com 1,8 mil reações positivas e 17 negativas. Patrocinada pelo Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, com 172 mil inscritos, tem a seguinte descrição: os vermelhos que viraram verdes. Palestra do Sr. James Bascom, membro da TFP norte-americana, proferida durante Congresso do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira realizado em Roma, na véspera do Sínodo da Amazônia, denunciando os erros de uma corrente tribalista e comunista. Vejamos...
Engels concluiu que o epíteto desta opressão do homem sobre a Natureza é o capitalismo baseado na mentalidade burguesa cujo único objetivo é o lucro independentemente dos desgastes causados ao meio ambiente.
Um pensador comunista italiano sintetiza seu pensamento: “As raízes da violência contra a Natureza e o meio ambiente deveriam ser buscadas na propriedade privada, nas leis do lucro máximo, nas razões e regras da sociedade capitalista”.
Partindo dessas premissas, pensadores comunistas e anarquistas como Piotr Kropotkin e David Henry Thoreau, começaram a analisar as raízes da violência do homem contra a Natureza, considerando-a intrínseca ao sistema capitalista e burguês, baseado no consumismo.
Como consequência, via a ecologia como elemento necessário da revolução socialista, comunista, anarquista, que proclamavam. Afirmam eles que a revolução iria operar inteiramente se houvesse a libertação do proletariado com relação à burguesia e que fosse acompanhada da “libertação” da Natureza da opressão do homem.
Não admira que Marx tenha pedido a libertação dos animais, citando Thomas Müntzer, líder da revolta camponesa alemã, no início do século 16: “Todas as criaturas foram transformadas em propriedade; os peixes na água, os pássaros no ar, as plantas na terra. As criaturas também devem se libertar”.
Mais tarde, as escolas neomarxistas desenvolveram o conceito de “Imperialismo das Espécies”, isto é, imperialismo do homem sobre a Natureza que espelha o exercido pelas classes altas sobre as inferiores e dos povos mais fortes sobre os mais fracos.
Desenvolvendo ainda mais essas ideias, as correntes revolucionárias das décadas de 50 e 60 passaram a questionar toda a sociedade industrial como sendo intrinsecamente opressora da Natureza de onde se originaram os movimentos ecologista e anti-consumistas.
Observo o quanto parece fácil uma mente paranóica ver adversários por tudo que é lugar, que todos podem ser escravizados por alguns que se mostram mais fragilizados, quer seja pela força, pelo capital ou pela inteligência. Daí surgirem teorias como essa do “Imperialismo das Espécies”, onde nem mesmo os animais escapam desse tipo de escravidão e merecem uma revolução para tirá-los desse cativeiro. E pensar que isso surge num aís de Primeiro Mundo, mas que chega até nós sem crítica e muitos passam a ser discípulos de tais proposta...
Temos que ver o conteúdo ideológico de cada proposta com muito cuidado, pois o próprio de contexto de luta em pró do Eco Socialismo. Não entendo que estão cavando a própria cova.