O tempo passa em cada “tum” do coração
Em cada lágrima caída, de qualquer dor sentida
Por qualquer abraço perdido ou ação esquecida
A morte espera, serena, no final da estação
O tempo viaja, eu embarcado, sonhando acordado
Dos amores que tive, dos amores que tenho
Mas por mais que eu faça, do que obtenho
Me sinto cobrado, do Pai deserdado
O tempo passando me lembra da morte
Que chego mais perto, qualquer seja o norte
Vencendo ou perdendo haverei de chegar
Tenho nas mãos os deveres que hei de cumprir
No peito os amores de tantos formatos para gerir
E no fim da jornada ter o Pai a me perdoar