Irei reproduzir neste espaço a palestra do Sr. Nelson Ribeiro Fragelli, especialista no tema da Revolução Francesa e autor de diversos estudos, para nossa reflexão sobre o mundo atual que vivemos hoje.
A Assembleia do Notáveis é fechada e são convocados os Estados Gerais. Foi a última grande solenidade da monarquia francesa. O povo de Paris acorreu a Versalhes, procissão do Santíssimo Sacramento. O que era os Estados Gerais? Eram os Notáveis mais os deputados eleitos. Foram feitas eleições na França e se reuniram em Paris para estudarem a situação, para trazerem uma solução para a França que nas mãos dos reis degringolava aos poucos. Os Estados Gerais se transformam em Assembleia Constituinte e essa se transforma um ano, dois anos depois em Assembleia Legislativa e começa então a demolição da França.
Em 4 de agosto de 1789 aconteceu a abolição das ordens e dos privilégios feudais, o fim do feudalismo. O Feudalismo, favorecido por São Luiz, o feudalismo que gerou a grandeza da França, era abolido e um sistema democrático igualitário tomava o lugar da administração pública. Em seguida, os benefícios eclesiásticos foram abolidos em novembro, os bens da igreja passaram para as mãos do Estado. Os Bispos já não eram, e tentaram fazer, sem inteiro sucesso, já não eram nomeados pelo Papa. Eram nomeados pela administração civil, pela Assembleia, pelo governo, o que é inadmissível para a Santa Igreja, que é soberana. Ela não pode admitir a interferência fora dos quadros da sua autoridade do governo eclesiástico.
Terrível nessa agitação, foi a jornada de 5 e 6 de outubro de 1789. Não posso dar detalhes, apenas digo que foram para Paris um conjunto de agitadores pagos. Vinham da Bélgica, da Alemanha, da Holanda, pagos para tirar o rei e sua família de Versalhes, e o conseguiu. Invadiram Versalhes (estou abreviando muito), chegaram até o rei, ele não reagiu. Obrigaram a família real, o rei, Maria Antonieta, seus dois filhos, madame Bertosseille que era a governanta dos filhos do rei, a entrarem sob vaias, apupos e ofensas, entrarem numa carruagem que os conduzia a Paris.
Esta viagem que normalmente se fazia em três horas, levou 10, 12 horas. Cheia de xingamentos a eles, jogavam até excrementos humanos dentro da carruagem. Maria Antonieta, uma princesa muito fina, se sentiu abaladíssima, humilhadíssima, chegaram em Paris no palácio das Tulherias, que não estava preparado para recebe-los e acamparam como puderam nos corredores. Não tinham ali seus empregados, não havia preparo para recebe-los. Grande humilhação para ele, e assim o rei ficou como que refém na mão da Revolução.
Nas Tulherias eles eram vigiados como feras numa jaula. Saiam à rua eram vaiados. Não eram vaiados pelo povo, mas sempre por esses agitadores pagos. Algum povo aderiu por mimetismo, passaram a acreditar que o rei era mal, que o rei era a causa das pretensas e criadas falta de comida e de alimentos que existiam na França.
Alguns aderiram, cansados desses apupos, desses males tratos e o rei resolve ir para o exterior, ir para a Bélgica para encontrar com os fieis da coroa e ali organizar uma reação. Foi uma fuga do rei por uma tentativa de sair das mãos de seus carcereiros, para organizar uma reação do exterior e retomar a França. Foi um fracasso.
Este é um bom exemplo de como as massas podem ser manipuladas por um pequeno grupo de agitadores, com suas palavras de ordem de violência com casca de justiça social. Essas pessoas podem ser eleitas “democraticamente pela vontade do povo”, induzidas pelas falsas narrativas como acontece até hoje. Por que nossas câmaras representativas dos deputados e senadores estão cheias de corruptos, pessoas carregadas de processos, alguns condenados, outros acobertados pela justiça... como pode um sistema saudável construir um sistema de poder tão podre? Que chega a desviar bilhões dos cofres públicos para os seus bolsos e para a sua ideologia manter esse mesmo tipo de poder? Como quebrar o poder hipnótico das falsas narrativas sobre a massa humana, em sua maioria ignorantes e dependentes dos instintos de sobrevivência, de garantia contra a fome, mesmo à custa da dignidade humana.
Felizmente observamos movimentos sociais positivos como a Brasil Paralelo, que se propõe a montar cursos baseados na verdade para inibir ou anular o efeito hipnótico das mentiras, desde que a pessoa ainda tenha condições de olhar sem preconceito o trabalho que é realizado.
Hoje com a pandemia, essa atitude dos gestores, associada a essa forma de governança, baseada nas falsas narrativas, se tornou muito mais ousada. A nossa liberdade de pensar e se expressar ou até de se conduzir, está ficando cada vez mais restrito. O cidadão é obrigado a usar máscara e se deixar inocular por substâncias experimentais, sem nenhuma segurança do resultado.
Parece que a profecias das Escrituras Sagradas, do reinado do Anticristo, baseado no autoritarismo, esta ficando cada vez mais próximo.