Irei colocar trechos das aulas do Padre Paulo Ricardo que foram publicadas no Youtube em 04-01-2012, contando 473 mil visualizações nesta data, 17-02-2022, para enriquecer nossa reflexão.
Quando falamos em Revolução Cultural parece uma coisa distante do nosso mundo, da nossa realidade eclesial. Quando falamos da Teologia da Libertação já soa um pouco mais familiar, do nosso dia-a-dia.
Como reflexão teológica o que está acontecendo dentro da igreja, que forma o pensamento revolucionário está influenciando pensar a teologia, pensar Deus, pensar o sacerdócio, e realmente estruturar a nossa vida eclesial.
Para chegar na teologia temos que partir sempre da filosofia. Então, essas primeiras palestras serão mais filosóficas do que teológicas, mas iremos chegar na Biologia. Mas é necessário saber as raízes do movimento revolucionário cultural que está plenamente instalado na igreja.
Quando falamos em Teologia da Libertação as pessoas ficam assustadas, perguntam se isso ainda existe. Mas de fato, a agua não é vista pelo peixe. Nós já estamos dentro de uma hegemonia cultural em que todo pensamento da sociedade e da igreja estão tão impregnados de revolução que já não notamos mais o que seja revolução.
Em 1989 houve um evento que mudou a história recente da humanidade, a queda do Muro de Berlim. O comunismo real, o marxismo real, desapareceu. Parecia uma vitória do capitalismo, de dois grandes homens do século XX, o presidente Ronald Reagan e o Papa João Paulo II. Houve realmente uma colaboração entre o Vaticano e os Estados Unidos, um esforço de trazer abaixo o comunismo.
O Papa João Paulo II vinha de um país comunista, ele sabia o que era o comunismo, a opressão de um estado totalitário. O presidente Ronald Reagan foi sempre um anticomunista ferrenho, foi eleito como tal. Os dois homens, o braço religioso e o braço secular se uniram num esforço hercúleo de trazer abaixo o comunismo.
Em 1987, o presidente Reagan diante do portão de Brandemburgo em Berlim, pronunciou seu famosíssimo discurso falando a respeito do Secretário Geral do Partido Comunista, Gorbatchev, falando de seus esforços de fazer uma Perestroika, uma reestruturação do movimento comunista na Rússia e fazer uma Glasnost, uma transparência na estrutura e no governo comunista, disse assim: Senhor Gorbatchev, abra esse portão, derrube esse muro. Dois anos depois o muro caiu.
Parecia um grande triunfo do capitalismo, dos valores tradicionais do Ocidente, da luta do Papa João Paulo II.
Quando João Paulo II foi visitar Cuba, um jornalista perguntou a Fidel Castro, como ele se sentia recebendo em Cuba o homem que havia causado a queda do comunismo. Fidel Castro respondeu candidamente: eu não desprezaria assim Michail Gorbatchev. Ou seja, quem derrubou o comunismo não foi Reagan, não foi o Papa João Paulo II. Quem derrubou o comunismo foi o próprio comunismo. Hoje se torna cada vez mais evidente que a coisa foi de caso pensado. Existem expressões do próprio Gorbatchev anteriores a queda do Muro de Berlim que ele já dizia e os próprios comunistas já previam que seria necessário promover uma aparente morte do comunismo para que o espírito e o ideal comunista se alastrasse no Ocidente.
Acredito que a primeira narrativa de organização de uma sociedade ideal para toda a humanidade foi proposta pelo Cristo há 2.000 anos, com a formulação do Reino de Deus que seria alcançado a partir reforma íntima, individual, iniciada pela limpeza do excesso de egoísmo de dentro do coração. Podemos chamar essa narrativa de Cristianismo. Após 20 séculos de sua formulação e de crescimento por toda a Terra, inspirado na vontade de Deus, foi formulada outra narrativa por Karl Marx, que usando as ideias de Hegel, construiu a narrativa Comunista.
Essas duas narrativas, Cristianismo e Comunismo se espalharam pelo mundo através do campo ideológico das mentes humanas. O embate entre essas duas narrativas são caracterizadas por suas principais armas, a verdade e a mentira, respectivamente. Espalhadas difusamente pelos diversos países, assumindo aqui e ali certas particularidades, chegamos à Segunda Grande Guerra Mundial onde de certa forma as duas narrativas estavam em confronto, lutando pela hegemonia no mundo, representados por Hitler (Nazismo/Comunismo) x Churchill (Democracia/Cristianismo).
Com a vitória na Segunda Guerra Mundial, pelas armas, do Cristianismo, ficou desenhada nova frente de conflito e enfrentamento Cristianismo x Comunismo chamada de Guerra Fria, cujo emblema era o Muro de Berlim. As lideranças do Presidente Ronald Reagan e do Papa João Paulo II pelo Cristianismo, induziram a derrubada desse Muro permitindo a passagem massiva das pessoas do lado Oriental para o Ocidental, mostrando a perversidade do sistema Comunista aplicada à liberdade do ser humano. Mas essa aparente vitória do Cristianismo está se revelando agora como mais uma artimanha do Comunismo, que assumindo agora uma Guerra Cultural passa a deflagrar a moderníssima Terceira Guerra Mundial com armas biológicas e adversários sem rosto. Fomos advertidos diversas vezes pelas forças do Cristianismo, através das aparições de Nossa Senhora, sobre os perigos do Comunismo. Devido a fumaça de Satanás já ter entrado na Santa Igreja Católica, que deveria ser a responsável por esse enfrentamento, como Churchill foi na Segunda Guerra Mundial, ficamos sem liderança neste atual conflito.
Sentimos um mundo próximo da capitulação com todo tipo de restrições às liberdades individuais em nome do medo da Pandemia, sempre sendo usado o principal combustível do mal, a mentira.
Com a vitória de Jair Bolsonaro para a presidência do Brasil, com o lema de “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” observamos que as forças do Cristianismo conseguiu montar uma base estratégica no principal país sul-americano, coberto pelo Cruzeiro do Sul e descoberto pelas caravelas impulsionadas pelos ventos sobre os estandartes da Cruz e cuja primeira ação institucional induzida pelos reis católicos de Portugal, foi o ofício da Santa Missa.
Bolsonaro mostra coragem e sabedoria nesse enfrentamento Cristianismo x Comunismo, mostrando com clareza a arma que estamos empunhando, que nos foi oferecida pelo próprio Mestre e Comandante, Jesus de Nazaré: a Verdade vos libertará. Felizmente, milhares de pessoas se tornam livres pela Verdade que Bolsonaro aponta com seus gestos rudes como Pedro, mas com a honestidade, coragem e fidelidade de João, e o recepciona como Mito por onde ele se apresenta. No entanto, continua cercado institucionalmente pelas forças Comunistas que o bombardeiam constantemente com mentiras e com ameaças a sua integridade física, como aconteceu com a facada que recebeu.
Esta é a Terceira Grande Guerra Mundial, o Grande Novo Enfrentamento do Cristianismo/Deus x Comunismo/Demônio. Não existe no ar o cheiro acre da pólvora e sim o inodoro invisível do vírus; as bombas não destroem fisicamente tudo ao redor, mas o medo destrói funcionalmente tudo ao redor; somos obrigados a andar afastados uns dos outros, mascarados e submetidos a experimentos biológicos. Como a Santa Igreja capitulou sob a “fumaça de Satanás”, assim aconteceu com nossas instituições mais importantes, a Justiça, a Academia, o Parlamento. Nós cidadãos nos sentimos fragilizados, acuados sobre a ameaça constante que paira sobre nossas cabeças, pois quem nos representa está tomado pelas mentiras e suas falsas narrativas. Os números não mentem, mas os mentirosos constroem números. Os fatos não mentem, mas os mentirosos constroem falsas narrativas. Este é o cenário da guerra.
Agora não é o simples Muro de Berlim que precisa ser derrubado, é a própria mentira. Este Muro atual não é feito com pedras e tijolos, e sim com seres humanos feitos à imagem e semelhança de Deus que estão intoxicados pela “fumaça do Demônio” e não conseguem ver a Verdade à sua frente, apenas as falsas narrativas nas quais se apoiam uns aos outros como cegos guiando outros cegos.
Nós, cristãos, engajados na Guerra Espiritual sob o Governo do Cristo e aqui no Brasil sob o comando do Anjo Ismael com o estandarte: Deus, Cristo e Caridade. Este é o novo Muro de Mentiras que temos que derrubar e salvar nossos irmãos que estão dentro dele. Ave Cristo!