Pai, sei que estou dentro da guerra espiritual, numa batalha ferrenha, talvez seja a última neste planeta, a que vai introduzir o efêmero reinado do Anticristo, pois Tu permite que tal aconteça e assim paguemos por nossa desobediência frente a Ti.
Eu sei que não sou tão obediente à Tua vontade, Pai, pois não consigo até agora me sentir satisfeito com as tarefas que tenho que realizar. Minha intenção permanece a mesma, de fazer a Tua vontade em detrimento da minha, porém, na somatória de tudo que faço no cotidiano, prevalece os meus desejos, por inconscientes que seja no momento da realização.
Sei que Tu me sondas a cada momento e deve perceber a honestidade dos meus pensamentos, sabe o quanto de peço para ter condições de fazer o que pretendo, pois reconheço minha dificuldades. Se não alcanço a graça de ser atendido, certamente estou pedindo algo que não é conveniente, frente aos meus propósitos. Porém, este é um dos problemas: como saber se o que sinto necessidade, sabedoria, por exemplo, para poder discriminar as coisas que me dizem respeito e responsabilidade, devo desenvolver, aprender por mim mesmo ou preciso de ajuda divina?
Sei que Tu, como Pai, jamais deixará de atender um pedido que seja conveniente a qualquer um dos seus filhos. Mesmo que eu não receba de imediato aquilo que peço, certamente algo está sendo feito no sentido de ser atendido.
Lembro que nestes últimos dias veio à minha mente o pensamento de construir dentro do meu arcabouço psíquico a figura do Personal Trainer Self. Fiz isso e ele já está atuando. Creio que é Tua ação, Pai, tentando atender o meu pedido, mas que eu possa alcançar isso com o meu próprio esforço.
Nesta guerra espiritual que alcança o seu ápice nestes dias, mais do que nunca é necessários combatentes conscientes ao lado do Cristo, sabendo que o uniforme que deve usar é um corpo revestido da reforma moral que procedemos na nossa intimidade, com a capacidade de manejar o amor incondicional com maestria, usando o escudo do perdão e a lança da verdade.
Sei tudo isso, Pai, é parte do conhecimento que alcancei, das oportunidades que aproveitei na vida que Tu me destes. Agora, com tanto conhecimento acumulado, devo aplicar ao meu redor, devolver à Natureza àquilo que ela me proporcionou, cumprindo a lei que observa: “a quem muito é dado, muito será cobrado”.
Volta à minha mente os efeitos da minha ignorância, Pai... como alcançar a sabedoria que o mínimo que tenho dela aponta a imensa ignorância que ainda possuo e tenho que corrigir? Qual o caminho para fazer isso? Consegui aprender tanta coisa, mas a sabedoria...
