Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.
CAPÍTULO 1 – A CRUZ E A ESPADA
Somos tão jovens na história da humanidade que até esquecemos o que nos permitiu chegar aqui e viver desta forma. Há 30 mil anos, nossos antepassados tentavam dizer alguma coisa pintando nas rochas. São as primeiras mensagens que temos de nossos ancestrais. A vida era difícil e nós lutávamos muito para sobreviver. Os humanos não sabiam onde estavam e imprevistos com animais selvagens fazia parte do dia-a-si compreendido. O mundo era um lugar aberto e desconhecido onde nossa chance de sobrevivência parecia baixa. Alguns de nós fizeram o que parecia impossível. Aprenderam a olhar para o futuro quando viam as estrelas, prevendo o clima e a migração de animais.
Graças a essa incrível descoberta a humanidade teve uma oportunidade única de entender o ambiente à nossa volta. Começamos a plantar, domesticar animais e estabelecer uma residência.
Pela primeira vez na história os humanos pararam de fugir e de passar fome. Tínhamos mais do que podíamos carregar. A escrita nascia para mudar a nossa história. Decidimos registrar ideias e eventos. Era uma forma de transcender o medo da morte. Enviar ao futuro nossos pensamentos, nossas crenças e experiências tornou-se possível. Foi quando começamos a herdar o conhecimento da humanidade. Isso tudo nos levou de caçadores a filósofos, de fugitivos a arquitetos. Nós criamos a ética para melhorar a coexistência, as leis e o júri para aperfeiçoar a justiça e constituir família passou a fazer parte de nossa tradição de levar a humanidade adiante.
Quando vivemos o nosso dia-a-dia neste século 21, desfrutamos deste legado. A filosofia grega, as leis romanas e a moral judaico-cristã e a experiência acumulada de nossos ancestrais são parte de nós.
Esta é a herança que chamamos de civilização ocidental.
Se hoje os territórios estão divididos em países com línguas e regras estabelecidas, nem sempre foi assim. Ao longo do caminho, cada povo colocou um pedaço da estrada que hoje trilhamos.
É importante que possamos ajustar a nossa história brasileira ao conhecimento e hipóteses do nosso passado ancestral, o que está conhecido da história escrita da humanidade, por mais rústica que sejam, como se formaram os países civilizados até chegar ao conhecimento de nossa terra, da condição de colônia de Portugal até os dias atuais.
O mais importante é que possamos fazer tudo isso com o foco principal na verdade, aquela que a natureza conduz, e não aquela derivada de nossos interesses egoístas que geram ideologias e que fomentam uma realidade baseada em falsas narrativas, ou, na melhor das suposições, em inocentes convicções.
Este é o propósito do documentário que estamos analisando e refletindo, aplicando a nossa própria crítica aos informes, sugestões e teorias que nos são apresentados.
O título deste capítulo que estamos iniciando informa dois principais aspectos que motivam as ações humanas nesse período que irá formar a nossa pátria: a cruz que representa a fé que compreendemos ser a mais coerente com nosso desejo de evoluir harmonicamente, biológica e espiritualmente, e a espada que se levanta nos momentos críticos de conflitos, para que não sejamos despojados daquilo que ganhamos a convicção de sua realidade e necessidade.