Vou fazer este trabalho de resgate da nossa História, transferindo para este espaço o documentário produzido pela Brasil Paralelo, publicado em 20 de setembro de 2017, com a participação de diversos convidados que colocam suas opiniões, como forma de contribuir para o burilamento de nossas consciências quanto a Verdade.
As Cruzadas foram uma resposta parcial e tardia a maior agressão imperialista que a Europa sofreu. Nem os romanos fizeram tanta devastação como os muçulmanos. Os romanos pelo menos invadiam um lugar ou um país, e imediatamente transformavam todas pessoas em cidadãos romanos, com todos os direitos.
Os romanos se adaptam a religião local. Ao contrário, se tem uma religião local, uma divindade esquisita, os romanos colocam aquilo no panteão e diziam: aí está, mais uma religião. Quer dizer, quem inventou o multiculturalismo foi os romanos.
Com os muçulmanos, era o contrário. Quando eles invadiam um lugar existiam duas opções: ou se convertia a fé islâmica ou aceitava a autoridade islâmica, se tornava um cidadão de segunda classe, ou morria. Não podia praticar sua religião em público, não podia falar sobre ela, não podia exercer o proselitismo, tiravam metade do que essas pessoas tinham com impostos, e assim por diante.
As Cruzadas se iniciaram para resgatar a Terra de Canaã, porque havia se tornado uma terra de fé hegemônica que era a questão islâmica.
As Cruzadas tiveram um grande sucesso no início, conseguiram expulsar os exércitos sarracenos e libertar Israel, libertar Jerusalém.
Com a Terra Santa reconquistada, surgiram massas de peregrinos que marcharam em busca de paz espiritual, mas o caminho até Jerusalém era para poucos. Além de frequentes assaltos, havia constantes ataques dos muçulmanos ao longo do percurso.
Todo peregrino para a Terra de Canaã, em Israel, tinha seu visto impedido. Começou a ser muito perigosa essa jornada. Sempre foi, mas agora existia uma missão islâmica, que começava a impedir a peregrinação, pois existia risco de vida real.
Para proteger os cristãos nesta jornada, várias ordens militares começaram a se formar para acompanha-los na jornada.
Um grupo de nobres da França se reuniu e formaram uma ordens para proteger os peregrinos nesta viagem. Esta foi a Ordem dos Templários.
A Ordem seria reconhecida oficialmente pelo papado, ganhando isenções e privilégios, tais como o poder de comunicação direta com o papa.
Ao ser admitido como cavaleiro, juravam viver em castidade e pobreza, ser obediente ao mestre do Templo e nunca recuar no campo de batalha. Conquistou grande popularidade e cresceu rapidamente, tanto em membros quanto em poder.
Para defender as riquezas dos peregrinos durante as cruzadas, foi criado um mecanismo de depósito e retirada que se tornou o embrião do sistema bancário.
Os Templários eram religiosos e tinham voto para não recuar do campo de batalha. Isso era um terror para os mouros.
A Ordem poderia ajudar a formar os novos exércitos, poderia ajudar muito na constituição de Portugal.
Mais um bom exemplo da espada associada a defesa da fé. Observamos que as iniciativas do Cristianismo não eram para obrigar ninguém a seguir sua fé, e sim na defesa de não ser obrigado a seguir a fé de ninguém, pois consideravam que a sua fé era a mais coerente com a verdade. Deixar de seguir esta determinação consciencial, racional, lógica, coerente com a verdade, por medo da espada, isso sim, seria considerado covardia, um aspecto que os cristãos não apresentavam, tendo em vista os incontáveis mártires em defesa da fé. Se a ocasião era de apresentar “a outra face” eles mostravam, como Pedro, Paulo e tantos outros; se a ocasião era de pegar a espada, eles pegavam, como bem demonstrou Carlos Martel, Dom Pelágio e tantos outros.
Essa guerra espiritual ainda não terminou e parece não estar tão próximo o seu fim. Verificamos hoje uma guerra cultural onde o pensamento hostil ao Cristianismo impregna todos os espaços sociais, inclusive o parlamentar, acadêmico, jurídico e até eclesiástico. Com o uso da mentira, das falsas narrativas, tenta conduzir a humanidade como massa de manobra para seus objetivos furtivos, com a falsa denominação de democracia e justiça social.
Mais uma vez procuremos desenvolver condições para suplantar esse mal que está tão avançado, como aconteceu com a decisão das Cruzadas e da formação da Ordem dos Templários.