Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
11/04/2022 00h01
VIDA APÓS A MORTE (12) – COMUNICAÇÃO INTERDIMENSIONAL

            Iremos fazer reflexão sobre a série documental originária da Netflix “Vida após a morte” que trata sobre o tema vida-morte com relato de pessoas interessadas e capacitadas, sem interesse religioso ou ideológico de qualquer espécie.



NOVA YORK



Aos quatro anos, eu via espíritos. Recebia mensagens deles. Espero que aproveitem esta noite. Vamos rir e talvez chorar. Farei de tudo para espalhar o máximo possível de mensagens. Eu via pessoas que outros não viam. Mas eu não sabia que não eram pessoas vivas. Como médiuns, nos abrimos para o mundo espiritual. Criamos um espaço de encontro para os dois mundos se unirem. (Sandra O’Hara, Médium)



A questão da sobrevivência após a morte é algo que me interessa há muito tempo. Qual a natureza da consciência humana? Ela existe fora do corpo? E, caso a consciência esteja por aí, então a questão se torna: podemos nos comunicar com ela? (Leslie Kean, Journalist & Author, Surviving Death)



LEITURA MEDIÚNICA EM GRUPO



- Oi pessoal. Sou a Sandra. Costumo falar rápido. Peçam para ir mais devagar. E também não tenho filtros. Aos quatro anos, eu via espíritos. Recebia mensagens deles. Quando criança, não tinha filtros. Não tenho agora. Então não se ofendam com o que eu possa dizer, porque eles me falam o que dizer. E não matem o mensageiro, tá?



Como parte do meu interesse na vida após a morte, convidei a médium Sandra O’Hara, da Irlanda, para fazer uma sessão com pessoas desconhecidas. Um médium serve como um fio de telefone para contatar um falecido, para alguém chamado de consulente, que vai até o médium na esperança de se comunicar com esse ente querido. (Leslie Kean).



- Por onde eu começo? Vou dizer um nome... está bem. Alguém conhece um David? (Sandra)



- Eu. É o meu pai.



- Está bem. Você sonha muito com ele?



- O tempo todo.



- Sinto que ele te visita muito em sonho para dizer que ele está bem. Ele também quer... Se eu te desse uma laranja, significaria algo?



- Ele era comerciante. Vendia algodão e suco de laranja.



- Tá certo. Ás vezes parece uma charada. Não sei por que me mostram coisas. Você gosta de livros?



- Sim. Ele também.



- Certo. Você fez um móvel com livros? Tipo uma mesinha ou algo com livros empilhados...



- É uma mesa que vi em Londres de livros empilhados. Tirei uma foto para fazer igual.



O relato de médiuns como Sandra mostra que esse dom da mediunidade se desenvolve desde cedo. Assim aconteceu com os nossos dois principais médiuns aqui no Brasil, Chico Xavier e Divaldo Franco. Ambos relatam que logo cedo, na infância, começaram as percepções de seres do mundo espiritual que se comunicavam e davam conselhos e orientações, inclusive com benefícios à terceiros.



A comunicação mesmo sendo perceptível para o médium, não utiliza os nossos sentidos tradicionais. A informação chega diretamente ao cérebro, não são os olhos ou ouvidos os responsáveis pela captação dela. É um processo parecido com o que acontece com pacientes psicóticos que sofrem de alucinações. Na minha prática psiquiátrica tenho constante contato com esses indivíduos, principalmente os pacientes esquizofrênicos. O que diferencia um esquizofrênico de um médium é que aquele considera suas percepções como dado da realidade e que desenvolve delírios em função disso. Os médiuns sabem que suas percepções pertencem a outra dimensão que não a material onde ele desenvolve a sua vida. Podem até ficar transtornados com tais percepções e por isso muitos precisam de ajuda técnica, psicológica ou psiquiátrica, e principalmente a ida a uma Igreja, Templo ou principalmente a um Centro Espírita, cujos participantes estudam filosófica e cientificamente tais fenômenos.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 11/04/2022 às 00h01