Iremos fazer reflexão sobre a série documental originária da Netflix “Vida após a morte” que trata sobre o tema vida-morte com relato de pessoas interessadas e capacitadas, sem interesse religioso ou ideológico de qualquer espécie.
LONG ISLAND, NOVA YORK
Hoje me consultar com alguém que não sabe nada sobre mim é empolgante. Cheguei a criar endereços de e-mail com nomes falsos para contatar um médium, porque não sei até onde alguém pode chegar para cometer uma fraude. As pessoas lucram muito fazendo isso, então preciso de provas concretas. Não pode ser algo geral como: “Tem uma figura paterna que faleceu? Talvez um avô?” Porque é claro que tenho. Meus pais se divorciaram quando eu era criança, mas eram almas gêmeas e continuaram amigos pelo resto da vida. Se ela mencionar isso, será inacreditável. Se ela souber como ele faleceu... Não sabemos exatamente. Só sabemos que foi rápido. Ele ainda tinha a chave na mão quando o encontramos. Se ela disser algo específico sobre isso, será extraordinário. (Mike Anthony)
- É um prazer te receber.
- Obrigado. É ótimo estar aqui.
- Sou Laura Lynne Jackson.
- Oi
- Como se chama?
- Mike
- Mike. É um prazer te conhecer.
Laura Lynne Jackson é uma médium com uma reputação fantástica de ser extremamente precisa.
Aos 11 anos eu era muito próxima do meu avô e o amava muito. Houve momento em que eu soube que precisava vê-lo. Essa sensação não desapareceu até eu chegar à casa dele e passar o dia com ele. Foi a última vez que o vi vivo. Ele foi ao hospital dois dias depois, foi diagnosticado com leucemia e morreu em duas semanas. Pouco depois confessei à minha mãe que sabia que ele ia morrer. Ele disse que eu tinha uma habilidade, uma forma de sentir a energia ao seu redor. Que era um belo dom e que eu não tivesse medo. (Laura Lynne)
- Bom, sou uma médium, e isso significa que posso detectar a consciência de pessoas que deixaram o corpo físico. Eu vejo um ponto de luz aparecer do lado direito. Isso é um espírito do outro lado que não está mais no corpo físico. Para mim, a experiência é como uma charada. Às vezes, ouço um nome. Às vezes, ouço uma frase, uma palavra. Às vezes ouço musica. Meu trabalho é interpretar o significado para que você receba a mensagem. Cerca de 85% das vezes não sei o que estou compartilhando. Mas, desde que você saiba, está tudo bem. O que menciono numa leitura são coisas que não apareceriam numa pesquisa do Google. Algum pensamento. Uma conversa que teve com o ente querido no dia anterior. Uma conversa particular. Uma informação tão específica que não tem no Google. Vou ficar em silêncio agora. Depois vou me concentrar na sua energia. –Vejo duas pessoas. No lado direito, tem uma figura paterna para você. É o pai ou o avô, alguém paternal. Seu pai faleceu?
- Sim.
- Tem um nome que se repete na família? Tem um John? Um nome com “J”? vejo três pessoas ao mesmo tempo.
- Tem um nome que se repete e um nome com “J”.
- Vamos falar do pai e do avô. É aí que o nome se repete na família.
- Meu nome do meio... Sim.
- Sinto que tenho que mencionar isso. Eles têm orgulho disso. Ele quer falar sobre não ter se despedido antes de falecer.
- Sim.
- Disse que a família precisa superar isso. Ele é muito prático e engraçado. “É uma perda de tempo sofrer por isso.” Ele tem um ótimo senso de humor. Um senso de humor seco e sagaz. Adorei a energia dele. Seu pai está falando como faleceu. Parece que foi algo repentino. Faz sentido pra você?
- Faz.
- Senti uma sensação de impacto. Faz sentido?
- Pode ser. Não sabemos exatamente.
- Ele mencionou o relacionamento com a sua mãe. Eram divorciados?
- Sim.
- Se divorciaram uns 12 anos antes?
- Mais de 12.
- Certo. Mas ainda estavam conectados. Eles eram amigos. Entende? Permaneceram na vida um do outro. É o que parece, e isso o deixa feliz.
- Importante, sim.
- E aí ele meio que recua. Sabe? Você não precisa de mim. Eles sempre estão com você.
Para mim, isso foi extraordinário. Como eu disse antes, algumas informações foram gerais. Tipo: “Tem...” Muitos nomes não estavam certos. E, quanto a ter algum John, é claro que tem algum John na minha família. Mas isso combinado com algumas das outras coisas... foi incrível ela acertar sobre a relação entre meus pais. E também teve coisas que são importantes numa leitura. Parecia o meu pai. O modo como ela o descreveu, e como ele dizia as coisas que dizia. Coisas assim não podem ser calculadas. Essas coisas são sempre assim. Tenho essas experiências e, no momento, eu penso: “Não preciso estudar mais nada. Não preciso mais pesquisar. Agora eu sei com certeza que meu pai ainda está aqui, vai ficar tudo bem. “ Inevitavelmente, a mente crítica, a mente cética, sempre vem à tona, e isso me mantém nesse caminho. Afirmações extraordinárias exigem provas extraordinárias. Essa é a maior afirmação de todas.
São mais informações que o racional não pode rejeitar, de que existe uma dimensão espiritual e que os seres inteligentes que vivem lá, muitos são bem próximos afetivamente de nós. O que resta fazermos agora é caminhar com a certeza dessa realidade e procurar uma forma da ciência nos ajudar a fazer essa conecção inteligente cada vez mais eficaz.