Hoje é o segundo domingo de maio. Dia das mães. Contribui com três mulheres para elas serem mães. Sou pai de cinco filhos, com três mulheres diferentes.
Os novos paradigmas que construí depois de casado e pai de três filhos, fez eu transformar a forma de amar e ter intimidade sexual com a possibilidade de gerar filhos, de uma forma exclusiva, com uma só mulher, dentro do amor condicional, para uma forma de amar inclusiva, com as mulheres que gerassem circunstâncias favoráveis, dentro do amor incondicional. Deixei de ter a família nuclear como o foco principal de minha vida e desloquei meu comportamento para a importância da família universal com uma maior hierarquia, como Jesus ensinou, mesmo tendo todo o cuidado de proteção e evolução com a base biológica familiar que também construí.
Com 70 anos de vida praticando e refletindo sobre esses aspectos da vida social em comunidade, com o estudo dos diversos livros sagrados que orientam o nosso comportamento cotidiano, atingi um nível no qual posso demonstrar algum desdobramento do que fiz até agora.
Pretendia fazer hoje um almoço em minha casa e convidar todas as mães que têm uma ligação afetiva e sanguínea comigo. Infelizmente, como havia a previsão de chuva neste dia, e como a minha casa não se torna conveniente para encontros em dias chuvosos, resolvi transferir para outra data esse encontro.
Seriam convidadas as três mulheres que transformei em mães e aquelas ligadas ao meu sangue por minha mãe, a minha irmã e as mulheres que meus irmãos transformaram em mães. Pensava em formar um grupo no WhatsApp com todas elas, mesmo sabendo da dificuldade emocional que cada uma criou com as outras mães, mesmo elas sabendo da minha ideologia de contribuir com a família universal. Dessa forma o meu comportamento está coerente com cada uma delas, sem faltar a verdade com nenhuma, daquilo que penso e pratico.
Eu faria o grupo com o nome de todas elas e explicaria. Diria que fiz o grupo com o objetivo de convidá-las para o almoço neste dia das mães. Deixaria bem claro que este era um convite fraterno com todas, mas, se qualquer uma se sentisse desconfortável ou que tivesse outro compromisso, poderia sair do grupo sem qualquer explicação que eu entenderia e não criaria qualquer tipo de ressentimento.
Mesmo sabendo que a maioria das convidadas não iriam participar, mesmo assim seria de grande importância elas saberem que fazem parte de uma estrutura familiar mais ampla que a família nuclear. Seria uma espécie de semente lançada no coração de cada uma delas. Mesmo que não houvesse nenhuma possibilidade de germinação nesse momento, mas mesmo assim, a semente estaria plantada e a qualquer momento poderia germinar.
A maioria das pessoas imaginam que esse tipo de harmonia que eu espero que aconteça com este novo esquema familiar universal nunca irá acontecer. Mas eu acredito que sim, um dia isso acontecerá. Talvez não comigo, mas eu posso estar lançando também no meio social, cultural, uma semente que mais adiante outra pessoa pode dar continuidade ao mesmo projeto com um maior nível de sucesso.
Tenho esta consciência e isto me deixa confortável frente à presença do Pai que está constantemente sondando meu coração. Sei que Ele encontrará o meu coração burilado neste sentido, e que esta é a vontade de fazer a família universal que Ele intuiu na minha consciência, eu estou desenvolvendo, mesmo com uma sabedoria deficitária na forma de conduzir todas para um relacionamento mais harmonizado.
Espero ter tempo e habilidade para ver um dia, antes de partir, essa maquete de família universal que estou construindo, vir à lume com harmonia.