Iremos fazer reflexão sobre a série documental originária da Netflix “Vida após a morte” que trata sobre o tema vida-morte com relato de pessoas interessadas e capacitadas, sem interesse religioso ou ideológico de qualquer espécie.
PARIS, FRANÇA
INSTITUTO INTERNACIONAL DE METAFÍSICA
A missão do Instituto de Metafísica da França é determinar se fenômenos paranormais podem ocorrer sob condições controladas. Estes moldes foram feitos de materializações produzidas pelo médium Franek Kluski no final de 1920 sob condições controladas. Kluski era um dos médiuns mais respeitados da época. Estava entre os raros médiuns físicos, ou seja, ele podia produzir materializações. Ele foi convidado para fazer várias sessões. Dessas sessões, foram produzidos nove moldes. E foi redigido um relatório de observações das sessões. Havia várias pessoas importantes ao redor dele vigiando suas mãos. Charles Richet, que ganhou o Prêmio Nobel de fisiologia. Gustave Gelev, o diretor do Instituto de Metafísica. Camille Flammarion, um astrônomo muito conhecido. Conde de Gramont, um homem de grande influência.
Eles estavam em volta de um recipiente com água quente, e tinha cera derretida flutuando na água. As sessões eram feitas com luz vermelha. E as materializações de Kluski apareciam como uma substância luminescente, esfumaçada. Essa substância ia se tornando cada vez mais específica até formar uma estrutura corporal, como uma mão, por exemplo.
Então a mão mergulhava no recipiente com cera e reemergia. E esse molde de cera se formava rapidamente. Claro, sem nada dentro, porque aparições são aparições. Então, esse molde pingando parafina era colocado nos joelhos dos participantes.
A pesquisa do Instituto almejava evitar dois tipos de fraude. Uma delas era que já tinha um molde de mão escondido em algum lugar, então era só pega-lo. Então os pesquisadores puseram um elemento químico específico na parafina. Após as sessões, acharam vestígios do mesmo elemento químico. Isso significa que os moldes foram formados na sessão. Não podiam estar prontos.
A única outra explicação possível é que, de alguma forma, Kluski soltou as mãos, as mergulhou na parafina, retirou e mergulhou de novo, e assim formou os moldes e os colocou ao lado deles. Tudo isso com seis pessoas ao redor olhando para ele com total atenção, enquanto ele estava em transe.
E tem mais. Como podem ver, estes moldes são miniaturas. Não são do tamanho das mãos de um adulto. São do tamanho das mãos de uma criança de cinco a dez anos. E este molde nem é uma mão, é um pé. Então parece que a única explicação plausível para fraude é que alguns desses vencedores do Nobel, astrônomos e condes, participaram da farsa e decidiram fabricar essas evidências. É a única explicação possível que não é paranormal. (Mario Varvoglis, Presidente do Instituto de Metafísica)
Alguns já tentaram replicar as mãos produzidas nas sessões de Franek Kluski com resultados diferentes. Houdini foi um deles. Na época, sabia-se que era preciso dominar técnicas do ilusionismo, conhecimento em mágica, se quisesse desvendar como simulavam os fenômenos. O problema de Houdini é que ele queria se promover. Então, como ele expõe seu envolvimento pode não ser verdade, porque o objetivo era dar visibilidade ao Houdini, e não descobrir a verdade. (Chris Roe, PhD, Presidente da Society for Psychical Research – SPR)
Existe uma preocupação até hoje de estudar esses fenômenos espirituais com a técnica científica para comprovar ou não sua realidade. Não é colocada nesse contexto nenhuma ideologia religiosa, mas entendemos que esses resultados podem trazer uma grande contribuição. O Instituto de Metafísica da França é bom exemplo e que poderíamos adotar em nossas universidades, principalmente aquelas que tem em sua estrutura hospitais universitários e que recebem pacientes com todo tipo de patologia e com todo tipo de crença religiosa. A nossa disciplina opcional de Medicina, Saúde e Espiritualidade, aqui na UFRN, pode muito bem ser uma semente para dar início à essas atividades espirituais com base científica.