Dizem a inveja é coisa triste
Mas, que infelizmente ainda existe
Eu, como um douto professor
Tenho inveja de quem vive com ardor
Lendo os versos tão profundos de Pessoa
Diz a mente o que na minha alma ecoa
Como pode alguém, um alcoolista
Ser da vida um divino artista?
Como prova de minha confissão
Faço aqui a minha arte rude
Aonde fui o máximo que pude
Por mais qu’eu sofra nesta constatação
Não vejo nela um pingo de beleza
De mal encanto me vem a tal tristeza