Meu Diário
03/08/2022 00h01
AMOR FERIDO

            Como pode, o Amor, sendo a energia mais poderosa do universo, essência do Criador, ser ferido? Pois esta canção indiana que reproduzo abaixo, do filme “Professor de Música” parece indicar que isso acontece.



            Na história apresentada no filme, ele é um professor de música que vai ensinar a uma garota que mora em casa sofisticada. Ela logo se apaixona por ele, e quer ficar com ele. Ele percebe o potencial dela ser uma grande estrela e a incentiva a ir para um centro maior, continuar os estudos, não pode perder tempo com ele. Ela insiste, quer conversar com ele na ponte antes de decidir ir para essa viagem, e ele não aparece.



            O tempo passa, ela foi para o grande centro, se transforma na grande estrela que ele previa e um dia volta à sua aldeia, no auge da fama. O teatro está lotado e ela canta esta canção cheia de suas memórias. Ele corre de sua casa para o teatro, usando uma moto velha que dá o prego no caminho. Ele não desiste, continua o trajeto correndo e entra no teatro... ela está na metade da canção... ambos se entreolham... ela continua a cantar... como se fosse uma declaração tardia para ele... ele percebe e sinaliza, tímido, para ela... ao terminar a canção o teatro explode em aplausos e ela corre para abraçar o amigo. Nesse momento eu percebo que o Amor está ferido. Mas o meu leitor pode ter outra interpretação... convido que assista o filme.



No dia que o vi



Seus olhos pela primeira vez



Aquele dia e seus momentos



Sempre ficaram no meu coração



Lembrando de você



Mudando de lado



As noites que passei



Sempre ficaram no meu coração



Meu Deus, é por isso que eu vivo



Eu anseio por essa intoxicação



Até a temporada de chuva passou sem chover



Não me castigue assim, meu amigo



Eu posso viver só olhando para você



Serei sua até na morte



Então me abençoe, meu amigo



Como o tempo passou sem você



Você não sabe



Você não sabe



Eu não existo sem você



Você não sabe



Você não sabe



Eu não sei porque ainda tenho esperança



Loucos são meus olhos



Que não param



De esperar por você



Meus olhos não se cansam



Lembrando de você



Mudando de lado



As noites que passei



Sempre ficaram no meu coração



Meu Deus, é por isso que eu vivo



Eu anseio por essa intoxicação



Até a temporada de chuvas



Já passou sem chover



Não me castigue assim, meu amigo



Eu posso viver só olhando para você



Serei sua até na morte



Então me abençoe, meu amigo.



Publicado por Sióstio de Lapa em 03/08/2022 às 00h01


Imagem de cabeçalho: Sergiu Bacioiu/flickr