Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
08/08/2022 00h01
FUNDAMENTOS DA SOCIEDADE CRISTÃ: – 02 ESPADAS

            Irei colocar aqui a apresentação do Frei Tiago de São José num vídeo “O Estado Moderno e a Crise de Autoridade: os Fundamentos da Sociedade Cristã” publicado no Youtube em 23-07-22, com 33.749 visualizações em 03-08-22, para nossa reflexão.



Em tudo o Pontífice Romano é o guia seguro da vida humana. Quer dizer que, na regulação da vida em sociedade, é através do ensino do magistério que encontramos os princípios e os elementos essenciais para moldar a sociedade conforme Deus revelou.



            Deus tendo criado o homem, deu também todos os elementos, todas as chaves para que ele saiba viver na célula da família e na estrutura da sociedade.



            Vamos ver a bula de Bonifácio VIIII quando ele diz:



            “Uma, santa, católica e apostólica: esta é a Igreja que devemos crer e professar já que é isso o que ensina a fé. Nesta Igreja cremos com firmeza e com simplicidade testemunhamos. Fora dela não há salvação, nem remissão dos pecados, como declara o esposo no Cântico: ‘Uma só é minha pomba sem defeito. Uma só a preferida pela mãe que a gerou’ (Ct 6,9). Ela é a veste sem costura (Jo 19,23) do Salvador, que não foi dividida, mas tirada à sorte. Por isso, esta Igreja, una e única, tem um só corpo e uma só cabeça, e não duas como um monstro: é Cristo e Pedro, vigário de Cristo, e o sucessor de Pedro, conforme o que disse o Senhor ao Próprio Pedro: ‘Apascenta as minhas ovelhas’ (Jo 21,17). Disse ‘minhas’ em geral e não ‘esta’ ou ‘aquela’ em particular, de forma que se subentende que todas lhe foram confiadas. Assim, se os gregos ou outros dizem que não foram confiados à Pedro e aos seus sucessores, é necessário que reconheçam que não fazem parte das ovelhas de Cristo, pois o Senhor disse no Evangelho de São João: ‘Há um só rebanho e um só Pastor’ (Jo 10,16).” – Bula Unam Sanctam – Papa Bonifácio VIII – 1302.



            As palavras do Evangelho também nos ensinam que há duas espadas. Todas as duas estão em poder da Igreja. A espada espiritual e a espada temporal. Mas esta última deve ser usada para a Igreja, quer dizer, o poder temporal.



            A primeira, a espada espiritual, deve ser usada pela Igreja. A espiritual deve ser manuseada pela mão do Papa e a temporal pela mão dos Reis e Cavaleiros, com o consenso e segundo a vontade do Papa.



            Uma espada deve estar subordinada a outra espada, ou seja, a autoridade temporal deve ser submissa à autoridade espiritual.



            Este é o princípio que vamos procurar analisar em toda esta nossa conferência. Se aplicamos, as coisas dão certo; se nos afastamos, iremos contra a vontade de Deus e vai ser produzida a revolução e dar espaço ao reino de Satanás.



            Interessante, esta ideologia cristã abre o espaço para a governança temporal, governantes na dimensão material, ser exercida sob a hierarquia do Ser superior, a Deus. Dessa forma o modelo de governo deve ser a Monarquia, pois exprime melhor a hierarquia que existe na dimensão espiritual, a qual somos submissos. A família real, consciente de suas responsabilidades frente ao poder espiritual, irá educar sua descendência com esses princípios e toda a sua cadeia administrativa e seus súditos. Cumprindo fielmente as lições do Evangelho, como se fosse um Estatuto Espiritual, as relações sociais deste reino estaria bem próximo do Reino de Deus. A espada temporal a serviço de Deus, da espada espiritual conforme apresentado por Jesus, iria fazer frente ao Behemoth que todos possuímos, evitando a revolução e aos banhos de sangue que observamos em tantos lugares e até hoje.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 08/08/2022 às 00h01