Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
15/08/2022 00h01
REVOLUÇÃO FRANCESA – AULA 1 –  (01) HÁ 233 ANOS

            Estou voltando a este tema, com a perspectiva espiritual, devido a importância de compreendermos melhor essa importante fase da história, com os conhecimentos do professor Nelson Ribeiro Fragelli e a contribuição do Instituto Plínio Correia de Oliveira.



            Os acontecimentos atuais aqui no Brasil nos levam a considerar de modo mais aprofundado o que se passa com o povo, com o público.



            Hoje, as relações internacionais são muito mais próximas, se fala na mundialização.



            Pensando no Brasil, somos levados a pensar em outros países. Aquilo que teve origem em outros países, o que acontece em outros continentes, reflete no Brasil.



            Para melhor compreender os acontecimentos aqui no Brasil, desta reação conservadora, o estudo da Revolução Francesa é muito apropriado.



            Falar em estudo seria exagerado, considerar um estudo. São considerações a propósito desse acontecimento, chave na história do mundo.



            Estamos há 233 anos da Revolução Francesa.



            O que é um acontecimento chave? É aquele que abre a porta que dá para corredores diversos do acontecer humano e que explica uma situação. Que explica as condições em que se encontra um país.



            Revolução Francesa, esse nome ficou. Revolução diz bem, é uma explosão violenta, e assim foi a Revolução Francesa. Muito derramamento de sangue, não só dos reis, mas também de bispos, sacerdotes, do povo que foi quem mais morreu. O povo simples, os camponeses da França.



            A Revolução Francesa foi um movimento profundamente anticristão, anticatólico. E este povinho, os camponeses, aqueles que na cidade eram sapateiros, empregados domésticos, carpinteiros, etc. Estes que conservaram a fé de um modo muito vivo e a Revolução não podia admitir que eles continuassem a existir. Era preciso exterminá-los.



            Eles não tinham a ilusão de exterminar todos, mas era preciso, matando muitos, como mataram milhões, amedrontar o resto, de tal modo que eles não permanecessem com as suas ideias. Que eles abandonassem a fé.



            Houve leis proibindo a prática religiosa. A pratica religiosa na França era enormemente, unicamente, a prática religiosa católica.



            Este tema se tornou central na minha compreensão da história, que serviu para ressignificar os meus paradigmas. Antes eu seguia o que a escola ensinava, os benefícios sociais trazidos pela Revolução Francesa, na defesa da Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Como eu poderia imaginar, criança, adolescente e até adulto, esses três termos tão importante para a vida em sociedade, estavam sendo usado de forma perversa, ilusória e destruidora de uma outra forma de construção social que tinha como base as lições do Cristo? Hoje, com a maturidade, 69 anos, tendo corrido 233 anos dessa revolução, que contribuiu tanto para minha militância por longos anos em partido de esquerda (PDT), é que vim descobrir o quanto estava sendo enganado. Da mesma forma que é importante o conhecimento do mundo espiritual para compreender a melhor forma de agir e seguir a evolução saudável em que todos estamos inseridos, também é importante discernir dentre todas as narrativas que existem ao nosso redor, qual a que carrega mais carga de verdade, para que não entremos em desvios que prejudiquem a nossa vida e dos nossos irmãos.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 15/08/2022 às 00h01