Sióstio de Lapa
Pensamentos e Sentimentos
Meu Diário
20/08/2022 00h01
REVOLUÇÃO FRANCESA – AULA 1 –  (06) JÁ É O CÉU?

            Estou voltando a este tema, com a perspectiva espiritual, devido a importância de compreendermos melhor essa importante fase da história, com os conhecimentos do professor Nelson Ribeiro Fragelli e a contribuição do Instituto Plínio Correia de Oliveira.



            Segundo o princípio de Santo Inácio: que vale bem viver aqui 50, 60 ou muito mais anos e depois, eternamente ser condenado, porque durante a sua vida não cumpriu com a lei de Deus?



            Essa estruturação da sociedade em família, escolas, universidades, exército cujas armas eram benditas pela Santa Igreja, pelos monges, pelos cardeais, tinha em vista a salvação das almas.



            O rei Clóvis, no dia do seu batismo, estava tão entusiasmado pela fé, tendo ele deixado o paganismo, ao lado de São Remígio que o batizava, e via aquelas fisionomias que o cercava, a seriedade, o aspecto sobrenatural e o entusiasmo pela conquista das almas, que perguntou ao sacerdote: “Pai, é já o céu prometido? “



            O fim da época que se chamava o Velho Regime, foi a época cristã que terminou com a Revolução Francesa.



Em francês talvez usemos as palavras tão semelhantes ao português. Foi um regime brilhante. Desenvolveu a sociedade francesa, cada um dos seus habitantes. Eles visitavam os palácios ou navegavam nos barcos magníficos, vendo as pinturas que eram feitas e as músicas que eram compostas. Os desfiles militares que se davam nas capitais europeias, e por tudo isso justamente podiam perguntar... “Pai, já é o céu? “



            Nós chegamos aqui, a uma perfeição quase celeste. Assim foi até o século 18, quando uma crise da fé abala profundamente a sociedade francesa. Ela que nascera da conversão de Clóvis que aceitou a Nosso Senhor Jesus Cristo, se tornou encantada com seu progresso, com sua riqueza, com suas ciências, com suas perfeições, voltou as costas ao Nosso Senhor Jesus Cristo. O inimigo não queria outra coisa que se julgava forte porque era rica e dominava os elementos naturais através da ciência; que se julgava forte porque seus navios atingiam os confins do mundo, virando as costas a Nosso Senhor Jesus Cristo se tornou fraca e disso se aproveitou o inimigo.



            Esta racionalização com os dados históricos até hoje não se observa aqui no Brasil e acredito, no mundo também. Até mesmo dentro da própria Igreja Católica não se observa, não se ensina, não se divulga esta narrativa. Uma ação que se desenvolvia no sentido de formar uma sociedade ideal, de repente seus valores foram corrompidos e seus princípios distorcidos. Onde falhou nossa capacidade de percepção da realidade para não nos deixar levar por falsas narrativas, por distorções de princípios? Foi o medo de ser atacados e destruídos por esses inimigos ou foi a ganância para se locupletar junto a esses novos aventureiros que exibiam as cores das virtudes sobre os intuitos da malignidade?  


Publicado por Sióstio de Lapa
em 20/08/2022 às 00h01