Estou voltando a este tema, com a perspectiva espiritual, devido a importância de compreendermos melhor essa importante fase da história, com os conhecimentos do professor Nelson Ribeiro Fragelli e a contribuição do Instituto Plínio Correia de Oliveira.
No estudo da Revolução Francesa, o comum dos historiadores diz que ela foi um acontecimento que mudou a história do mundo. É verdade. Mas nós não concordamos com eles em que sentido essa transformação foi feita no mundo.
Eles dizem que foi num sentido bom, porque terminou com a tirania dos reis; terminou com a desigualdade entre as classes sociais; ela fez com que a burguesia subisse ao poder através do voto livre das eleições.
Nós devemos aqui aprofundar a visão oposta a isso.
Para nós, as grandes ideias da Revolução Francesa, grandes segundo esses historiadores comuns, são péssimas. Levaram ao atual estado das coisas que nós brasileiros neste momento em particular, podemos ver. Chegamos ao comunismo com o PT que aí está. A Venezuela também chegou ao comunismo. As mesmas ideias da Revolução Francesa, originárias do protestantismo, desembocaram nas teorias comunistas. Por sua vez, a Revolução Comunista também mudou a face da Terra.
O comunismo quis dominar todo o mundo, mas não conseguiu. Fracassou. Aqui não veremos as razoes do fracasso do comunismo, fracasso da tentativa da União Soviética. Mas o comunismo não está morto, ele se metamorfoseou.
Esses historiadores que consideram como heróis aqueles personagens da Revolução Francesa, como Danton e Robespierre, nós os consideramos como criminosos.
Aqui veremos um dos crimes mais bárbaros cometidos entre os milhares de crimes cometidos pela Revolução Francesa.
Nós concordamos com esse comum dos historiadores vulgares e superficiais, em geral ateus, anticatólicos, que essa revolução mudou a face da Terra. Não há dúvidas!
Mas para mudar a face da Terra era preciso uma longa preparação. E a preparação para a Revolução Francesa foi feita em 200 anos. Podemos ate dizer que foi feita em 300 anos, porque ela herdou as mesmas ideias do protestantismo.
Aquilo que Lutero destruiu na Igreja, aqueles instrumentos, aquelas ideias, os argumentos, eles mesmos foram utilizados pela Revolução Francesa para destruir os governos então existentes.
Darei dois exemplos dessa longa preparação. Era preciso mudar a mentalidade. Anteriormente nós vimos como a França tinha sido constituída sob o influxo da Igreja Católica, assistida proximamente pela ação de santos extraordinários que modelaram a mentalidade de todas as classes sociais, mas sobretudo das classes mais simples. Melhor, acolheram, por exemplo, São Luís Maria Grignion de Monfort, que teve o seu papel depois da sua morte. Mas as suas ideias tiveram o papel de resistência contra as imposições da Revolução Francesa.
Parece um termo forte, desproporcional, rotular os protagonistas da Revolução Francesa como criminosos. Mas se nós conseguíssemos nos deslocar para aquela época e local, e ficássemos sujeitos àquilo que se passou, iríamos concordar com o rótulo. Um banho de sangue, foi o acontecido, como registrado no filme “O Diálogo das Carmelitas”. Até um novo instrumento para decepar cabeças com facilidade e rapidez foi criado: a guilhotina. Como não identificar como criminosos esses personagens que dirigia pessoas sob falsas narrativas para assassinar outras que nunca imaginavam que isso poderia acontecer naquilo que eles eram educados a “amar ao próximo como a si mesmo”?...