Texto para reflexão dos meus leitores sobre o documentário do Brasil Paralelo, com minha reflexão pessoal.
HG Wells (1866 – 1946) foi um dos escritores mais populares do seu tempo. Era um socialista utópico que não acreditava na violência revolucionária.
Wells foi uma figura muito importante para o século 20 porque ele dá as bases de um gênero literário que hoje é conhecido como ficção científica.
Pensava que a única maneira de chegar à paz mundial era com um governo mundial. Ele escreveu dois livros sobre isso, abertamente: “A Nova Ordem Mundial” e “A Conspiração Aberta”. Esses livros serviram de inspiração para a fundação da Organização das Nações Unidas (ONU).
O grande perigo do pensamento de Wells começa com a ideia de uma conspiração aberta. De fato, HG Wells pode ser tomado como pai do que hoje chamamos Globalismo.
“Veja, seria mais fácil hoje, governar o mundo inteiro. Ao que tudo indica, do jeito que as coisas estão, manter o mundo todo unido em uma comunidade. Acabar com a competição entre as nações, desarmamento, redução das Forças Armadas e a diminuição de tarifas entre nações. Em sequencia, a moeda da conferência mundial e ação mundial. E empresas públicas substituindo os lucros da iniciativa privada” (H.G. Wells).
No caso de HG Wells há duas características que vale a pena destacar. Uma delas é a ideia de que estruturas superiores, cada vez maiores, vão dominando as inferiores. A segunda característica é que ele investiu na cultura.
Em seu livro “Men all God”, Wells descreve um mundo onde a humanidade alcança a perfeição. Nessa sociedade, a religião tinha ficado no passado e a ciência reinava absoluta. Na sua obra mais famosa, “A Guerra dos Mundos”, Wells tenta mostrar que somente com a união dos governos seria possível enfrentar um desafio global.
As obras de Bernard Show e de HG Wells alteraram para sempre o imaginário do mundo ocidental. O Socialismo Fabiano avançava com sua agenda de secularização do Ocidente sem encontrar nenhuma resistência.
Aos poucos a mentalidade cristã foi perdendo terreno para as criações de Wells e Show.
O que eles não esperavam é que surgiria na mesma época um adversário improvável que iria desafiar esse movimento.
Mais uma vez é apresentado um autor cujo trabalho literário constrói uma sociedade utópica, que alcança a felicidade, mas que não considera a força animal, egóica que possuímos, e que pode boicotar todos os bons princípios que motivaram as mudanças de paradigmas culturais.