Esta festa de aniversário de 70 anos foi fruto de uma intuição gestada no meio de tantas dificuldades que surgiram para viabilizar uma festa tradicional, como tinha se pensado desde o início da programação.
O convite feito à mais de 100 pessoas de forma virtual, para uma reunião virtual festiva, contou com cerca de 40 pessoas, sendo aproximadamente 15 de forma presencial.
Abri a sala pela plataforma Meet do Google as 18h30 como estava no convite, para acolher os primeiros a chegar e conversar informalmente com eles.
Às 19h comecei a reunião dizendo que iria abordar minha trajetória de vida em dois blocos. O primeiro se caracterizava pelos meus primeiros anos de vida até cerca dos 45 anos, considerando a metade da média de vida que estamos alcançando.
Nessa primeira fase o ponto nevrálgico foi a mudança de paradigmas que se operou na minha consciência. Eu já estava casado e queria cumprir até o fim da minha vida os compromissos assumidos desde o momento do casamento, principalmente a fidelidade ao amor exclusivo à minha esposa. Depois de muitas reflexões sobre os ensinamentos espirituais, principalmente do Cristo, quanto ao amor incondicional e o “fazer ao próximo aquilo que desejamos ser feito a nós”, resolvi mudar a minha forma de amar, praticar o amor inclusivo, com quantas mulheres que se aproximassem de mim e o afeto pudesse fluir, sem ferir os critérios do amor incondicional, até a intimidade sexual se fosse o caso. Esta mesma condição que eu assumia como permitida e até necessária para a construção do Reino de Deus, a minha esposa também podia praticar.
Coloquei dessa forma e dei espaço para que houvesse críticas e apontamentos de onde eu estaria errado, pois sou acusado muitas vezes de trazer sofrimento às mulheres que se envolvem comigo. Meus convidados não apontaram nenhuma crítica que sinalizasse um erro de comportamento frente aos critérios éticos envolvidos na lei de Deus.
Parti então para o segundo bloco de reflexão onde apontei o caminho que minha vida tinha assumido de forma prioritária no campo espiritual, reconhecendo a existência de uma guerra espiritual que se arrasta ao longo dos séculos e que hoje mostra uma acirrada luta por todo o mundo e principalmente no Brasil. Relatei que eu me considerava um combatente nesta guerra dentro do exército do Cristo e que irei procurar agir com mais protagonismo, reconhecendo Nossa Senhora da Conceição Aparecida como a rainha do Brasil. Uma das atividades que já estou no planejamento de realizar, seria a prática de um rezar um terço a favor do Brasil e contra a ameaça comunista.
Mais uma vez meus convidados não apresentaram nenhuma crítica a esse posicionamento e depois de algumas manifestações de reconhecimento as minhas diversas atividades, em todos os campos, minha companheira fez um depoimento reforçando o que eu acabara de falar e dizendo que realmente sofre por minha forma de pensar e agir, mas foi escolha dela ficar ao meu lado e dessa forma não tem o que reclamar de mim, pelo contrário, agradece o quanto eu ajudei no seu crescimento pessoal e espiritual, inclusive os membros de sua família e amigos. Ela terminou o relato cantando a canção de São Francisco, e dessa forma encerramos a reunião, que considero foi um sucesso, pelo menos para a minha consciência, que ficou mais satisfeita do que se tivesse sido de forma tradicional, como foi a dos 60 anos.