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Meu Diário
26/10/2022 00h01
TEMPLÁRIOS – NOVA ORDEM DE CRISTO

            Fazendo reflexão sobre o conteúdo dos Templários apresentado pela Brasil Paralelo, coloco aqui para nossas considerações atuais.



Em 1187, os mouros (povos do norte da África – Marrocos, Argélia, Mauritânea e Saara Ocidental – invasores da região da Península Ibérica) derrotaram os cristãos na Batalha de Hattin e prenderam 230 Templários. A eles foram oferecidas duas opções: converter-se ao Islã ou morrer. Todos os 230 cavaleiros escolheram a morte.



Quando a notícia da tomada de Jerusalém chegou na Europa, três reis se uniram para organizar uma nova Cruzada, e também fracassou.



Frederico Barba-roxa, Felipe Augusto e Ricardo Coração de Leão foram os responsáveis. A Cruzada que organizaram, foi a reconhecida como a mais bem planejada. O último reino cristão que restava nas Cruzadas era São João do Acre, hoje parte de Israel.



Em 1291, a pressão do exército muçulmano levou a Fortaleza dos Templários ao chão. A maioria morreu soterrada e mais uma derrota se abateu sobre os cristãos.



Os sobreviventes foram para a Ilha de Chipre. Lá, o novo Grão-Mestre da Ordem, Jacques DeMolay, foi responsável por pedir ao Papa para iniciar uma nova Cruzada, temendo o fim dos Templários.



Neste mesmo período, Felipe IV, o Belo, rei da França, estava lutando contra Eduardo I da Inglaterra. O rei francês estava com problemas financeiros para sustentar o seu exército e resolveu cobrar impostos da Igreja. O Papa Bonifácio VIII proibiu essa cobrança e emitiu uma bula rechaçando o rei. Foram muitos conflitos a ponto de Felipe, o Belo criar uma campanha difamatória contra o Papa, o acusando de ser herege e satanista. O problema evoluiu de tal maneira que Bonifácio VIII excomungou o rei. Por causa disso, 600 homens liderados por Guilherme de Nogaret invadiram a cidade e exigiram a renúncia do pontífice. Sua resposta foi “Eis a minha cabeça, eis a minha tiara: morrerei, é certo, mas morrerei Papa”.



Felipe, o Belo, continuava expropriando judeus e bancos, gerando inflação, dando calotes e fazendo dívidas. Com as crises, a população se revolta. A estratégia foi recorrer à Ordem dos Templários. Quando ele pediu uma enorme quantia emprestada, o tesoureiro da Ordem concedeu o que pediu. Quando o Grão-Mestre descobriu, ficou furioso. O dinheiro estava guardado para uma nova Cruzada e não poderia ter sido emprestado. Por isso expulsou o tesoureiro responsável.



Novamente, Felipe, o Belo, começou uma campanha difamatória, mas dessa vez contra os Templários. Acusou de serem hereges, apóstatas e sodomitas. Foi aberto um processo judicial contra os Pobres Cavaleiros de Cristo. No processo encontraram regras não previstas por São Bernardo de Claraval. Havia problemas de humilhações e torturas aos neófitos nos ritos de iniciação dos Templários.



O rei francês se aproveitou desses problemas para extinguir a Ordem e conseguir o dinheiro que precisava. O Papa declarou os Templários como inocentes de heresia, mas o poder civil o jogou na fogueira.



O processo foi sangrento. Na noite de sexta-feira, 13 de outubro de 1307, centenas de cavaleiros foram capturados pelo rei e foram sujeitos a torturas para confessarem seus crimes. Para muitos, essa é a razão de sexta-feira 13 ser um dia sombrio.



Clemente V queria absolver os Templários, mas estava doente, não conseguiu enfrentar a oposição de Felipe, o Belo.



Em 1314 a Ordem dos Templários foi dissolvida. Jacques DeMolay foi condenado à fogueira pelo crime de heresia.



Diante do cenário da França, o Papa Clemente V solicitou a Dom Dinis que fizesse o mesmo com os Templários portugueses, mas o rei não atendeu ao pedido. Portugal reconheceu o valor da Ordem dos Cavaleiros de Cristo e deu a ela salvo-conduto.



Nas terras portuguesas a Ordem dos Templários continuou com o nome de Ordem de Cristo e os bens foram transferidos ao rei português.



O pequeno país na península Ibérica recebeu o dinheiro que precisava para se tornar pioneiro nas navegações.



E como isso se relaciona ao Brasil? Pedro Álvares Cabral era Grão-Mestre da Ordem de Cristo e foi ele que comandou treze caravelas e cerca de 1.500 homens pelos mares. Quando sua frota se afastou muito da costa africana, acabaram desembarcando no lugar que chamara de Porto Seguro. Acreditando que tinham chegado à uma ilha, deram o nome de Vera Cruz.



A história dos cavaleiros que buscaram redenção no campo de batalha é permeada de vitórias e derrotas. Atravessou séculos e chegou a influenciar até mesmo as navegações portuguesas. Em muitos membros da Ordem de Cristo, o centro de coragem e lealdade permaneceu.



Os portugueses, depois de séculos lutando pela reconquista do território ocidental, partiram para uma nova luta. Mas dessa vez, contra o mar.



            Interessante observar o papel da França na existência dos Templários. Foi ela que forneceu os homens para construir a Ordem dos Templários, e foi ela que com sua campanha de difamação destruiu papas e a Ordem. Parece que a França desse esse caráter dual, de um lado um perfil fraterno, foi o primeiro país na Europa a colocar um bárbaro, Clóvis I a se tornar cristão após a queda do Império Romano do Ocidente , e por outro lado um perfil deletério, usa da maledicência para destruir empreendimentos cristãos em seu benefício, como aconteceu com a Ordem dos Templários e hoje que repetir com o Brasil e seu dirigente.



            A atualidade exige, dentro dos planos de Deus, que o Cristianismo continue a sua expansão no planeta como forma de construção da sociedade ideal, com justiça e fraternidade para todos, a família universal, o Reino de Deus. É preciso que ressurja mais uma vez a Ordem Militar dos Pobres Cavaleiros de Cristo, com a atualização necessária para enfrentar essa nova forma de guerra de quinta geração.



            O Brasil, por sua formação histórica, e pela destinação espiritual dada pelo Cristo, de ser a Pátria do Evangelho e Coração do Mundo, precisa arregimentar os homens virtuosos para construírem a Nova Ordem de Cristo.


Publicado por Sióstio de Lapa
em 26/10/2022 às 00h01