As pessoas de bem do Brasil, que percebem as iniquidades produzidas por muitas autoridades, tem nas Forças Armadas a esperança de que todas as mentiras e fraudes perpetradas para colocar criminosos no poder, vão ser devidamente esclarecidas de nossos militares, que foram educados para ser honestos e patriotas, e não mentirosos e corruptos como muitos republicanos de colarinho branco.
Vejamos o que diz o editorial do Correio da manhã, em 10-11-2022, escrito por Cláudio Magnavita, diretor de redação.
EDITORIAL |
Relatório da Defesa demarcou os alvos
Diferente das sentenças deseducadas e agressivas do ministro Alexandre de Moraes, emitidas para amordaçar os críticos e veículos que questionam as suas decisões, o ofício do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, dirigido ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral, foi educado e apontou providências à Corte sobre dois pontos cruciais para apuração.
Com a objetividade de quem usa uma mira à laser, os dois mísseis disparados pelo ministro Paulo Sérgio tiveram precisão militar. Acertou na coluna vertebral do uso das urnas eletrônicas ao pedir para "realizar uma investigação técnica para melhor conhecimento do ocorrido na compilação do código-fonte e de seus possíveis efeitos". — o código fonte está no âmago desta solicitação. O segundo é ainda mais preciso: "promover a análise minuciosa dos códigos binários que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas".
Na artilharia militar, isso significa marcar alvo. Leiam bem a entrelinha: análise minuciosa dos códigos binários.
O ministro da Defesa, também de forma educada, coloca Alexandre de Moraes nas cordas, ao pedir, democraticamente: "Para isso, apresento, como sugestão, a criação de uma comissão específica, integrada por técnicos renomados da sociedade e por técnicos representantes das entidades fiscalizadoras".
É um texto com princípio, meio e fim. Ao afirmar textualmente: "(…)dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento". O texto é claro: diz que não é possível afirmar se o sistema eletrônico de votação está usando alguma influência de um eventual código malicioso". O documento não valida a segurança que o TSE afirma existir.
Pela primeira vez, um documento oficial abre a porteira para o questionamento do sistema. É um documento acompanhado de um estudo robusto de 63 páginas. Na página 3 dele, merece destaque as restrições impostas pelo próprio TSE aos auditores militares.
É um relatório para ser levado a sério e ser respondido de forma cordial. Pela primeira vez, o ministro Alexandre de Moraes tem um interlocutor parrudo, e que aguarda a sua manifestação.
O documento foi feito, o problema foi apontado, o responsável deve se manifestar e provar a lisura dos seus atos. Nós estamos na plateia, nas ruas, em nossas casas, nos ambientes de trabalho, mas nossa atenção continua fixa nesse contexto até o seu desfecho. Afinal, quando a luz chega as trevas se dissipam.